Ana Gomes não se vai recandidatar, vai escrever um livro

A ex-diplomata e atual eurodeputada socialista Ana Gomes disse hoje que, quando terminar o mandato, pretende dedicar-se a escrever sobre o processo de independência de Timor-Leste visto de Jacarta, onde foi embaixadora.

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Lusa
27/01/2019 09:21 ‧ 27/01/2019 por Lusa

Política

Eurodeputados

Ana Gomes, que integra o grupo parlamentar europeu do Partido Socialista, anunciou recentemente que não se recandidatará nas eleições europeias de maio.

"Quando sair do parlamento, a primeira coisa que tenho obrigação de fazer é enfiar-me nos arquivos do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) a escrever o processo de Timor visto de Jacarta", disse.

Ana Gomes falava à agência Lusa a propósito da passagem dos 20 anos das declarações históricas do Presidente indonésio Habibie, admitindo a independência do território após consulta popular, que hoje se assinalam.

A atual eurodeputada integrou a equipa de negociadores portugueses no processo sobre a autonomia de Timor-Leste, entre 1999 e 2000 chefiou a Secção de Interesses Portugueses na Embaixada da Holanda, em Jacarta, e entre 2000 e 2003 foi embaixadora de Portugal na Indonésia.

"Eu e a minha equipa escrevemos muito nessa altura e sabíamos que estávamos a escrever para a História. Se não conseguir escrever, 60% já está lá, mas gostava de completar com os 40% de que ainda me lembrar", disse.

Nas declarações à Lusa, Ana Gomes defendeu também que, no ano em que se assinalam os 20 anos do referendo sobre a autonomia de Timor-Leste que conduziu à independência do país, Portugal deve condecorar três altos funcionários das Nações Unidas, que considera terem sido "peças-chave" de todo o processo.

"Gostava que estes 20 anos do referendo propiciassem que o Estado português atribuísse condecorações a dois homens - Francesc Vendrell e Tamrat Samuel - que foram chave neste processo por parte das Nações Unidas", disse.

"Depois acrescentaria Ian Martin pelo papel no período crucial da Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNAMET)", prosseguiu.

Para Ana Gomes, Francesc Vendrell e Tamrat Samuel, "merecem como ninguém uma condecoração de agradecimento do Estado português pelo trabalho extraordinário que fizeram por Timor-Leste, ajudando Portugal na condução deste processo".

 

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