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Venezuela: Bloco defende mediação que permita eleições livres

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, disse hoje que a comunidade internacional e Portugal devem pugnar por uma mediação que permita eleições livres na Venezuela.

Venezuela: Bloco defende mediação que permita eleições livres
Notícias ao Minuto

14:26 - 26/01/19 por Lusa

Política Crise

Hoje, Espanha, França e Alemanha anunciaram que vão reconhecer o presidente do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, como chefe de Estado interino da Venezuela, caso Nicolás Maduro não convoque eleições no prazo de oito dias.

Catarina Martins, que falava à margem do "Encontro do Interior 2019", em Alijó, distrito de Vila Real, disse que "Maduro está numa posição insustentável e fazer de conta que se pode manter será enganar o povo venezuelano".

"Mas não escondemos os problemas também da ingerência externa na situação e, seguramente, reconhecer um presidente autointitulado com o apoio de Trump [presidente dos Estados Unidos da América] e Bolsonaro [presidente do Brasil], não vai ajudar ninguém, não vai ajudar desde logo o povo venezuelano", acrescentou.

Por isso, a líder bloquista defendeu que o que "a comunidade internacional deve fazer, e Portugal deve ser uma voz ativa nesse papel, é pugnar por uma mediação que permita eleições livres".

"Livres com as garantias de pluralidade e liberdade de expressão internas e com as garantias que não há ingerências externas também para limitar as escolhas livres, justas do povo venezuelano", sustentou.

Catarina Martins elencou ainda a obrigação do Governo português dar apoio e garantir segurança à comunidade luso venezuelana.

Os anúncios de Espanha, França e Alemanha hoje, em notas separadas, de que dão oito dias a Maduro para anunciar eleições acontece depois dos Estados-membros da UE não terem sido capazes na sexta-feira à noite de se entenderem sobre uma declaração comum, avança a Agência France Presse.

O líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamou-se na quarta-feira Presidente interino da Venezuela.

A Venezuela, país onde residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes, enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.

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