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Missão do Governo é "recuperar" aquilo que a direita destruiu

O primeiro-ministro afirmou hoje que a missão do Governo é "recuperar" aquilo que a direita destruiu, acusando o anterior executivo de ter tirado "tudo a todos", numa linha de "insensibilidade social" e "desprezo pela vida das pessoas".

Missão do Governo é "recuperar" aquilo que a direita destruiu
Notícias ao Minuto

11:42 - 25/01/19 por Lusa

Política Costa

Falando no debate quinzenal, na Assembleia da República, António Costa acusou o atual líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, de "tentar ensaiar uma retórica de preocupação" com os problemas do país, mas serviu-se sobretudo de uma anterior declaração do antigo presidente da bancada social-democrata Fernando Negrão para atacar a estratégia económica e social seguida pelo Governo de Pedro Passos Coelho.

"Durante quatro anos cortaram salários e pensões, diminuíram prestações sociais e aumentaram as taxas moderadoras. A insensibilidade social foi aquilo que marcou a anterior governação, que esteve associada a um absoluto desprezo pela vida concreta das pessoas", disse, antes de invocar um exemplo para procurar demonstrar esta sua ideia.

"Esse desprezo foi mesmo sublimado naquela frase do então líder parlamentar [do PSD] Luís Montenegro, quando disse que Portugal estava melhor, mas as pessoas é que estavam pior. Como se Portugal não fossem os portugueses e as portuguesas. Não, pelo contrário, temos de trabalhar para as peças - e é nas pessoas que temos de estar centrados", declarou.

António Costa deixou ainda uma crítica de demagogia dirigida ao PSD e CDS-PP, após sustentar a tese de que o anterior Governo de Pedro Passos Coelho "tirou tudo a todos" ao longo de quatro anos.

"A direita acusava-nos de termos uma estratégia que iria levar o país à bancarrota, dando tudo a todos, mas chega ao fim desta legislatura censurando-nos por, afinal, não termos dado tudo a todos. O mais caricato é ver essa direita, que tirou tudo a todos, apoiar agora todas as lutas que aparecem", apontou.

Na resposta à interpelação do presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, o líder do executivo concordou com a análise de que Portugal "está melhor" do que em 2015.

Porém, em paralelo, deixou uma mensagem de insatisfação, que, aliás, tem repetido ao longo das últimas semanas.

"O país está melhor, mas ainda não é o país com que nós sonhamos. Temos de continuar a trabalhar para continuarmos a melhorar o país. Hoje, não basta recuperar o que a direita destruiu. Temos de fazer mais para responder às novas necessidades da população portuguesa, designadamente no Serviço Nacional de Saúde, completou.

António Costa enviou ainda um recado às bancadas à sua esquerda, considerando essencial uma estratégia de progressos "passo a passo", porque "Portugal não pode alternar anos de expansão económica com outros de recessão".

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