Bloco quer reavaliar contrato de concessão do Hospital Beatriz Ângelo
Os atrasos no atendimento dos serviços de urgência são, aos olhos do Bloco de Esquerda, “incompreensíveis”.
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Política Loures
Os “incompreensíveis” atrasos no atendimento dos serviços de urgência no Hospital Beatriz Ângelo levam o Bloco de Esquerda a defender a não renovação do contrato com a entidade gestora da unidade de saúde, pretendendo trazê-la para a esfera da gestão pública. Defende o Bloco de Esquerda em comunicado enviado à redação do Notícias ao Minuto que os tempos máximos de resposta garantidos têm quadruplicado em alguns períodos.
Face às circunstâncias, o Bloco advoga que o Governo deve tomar medidas e, por isso, dirigiu uma carta ao Ministério da Saúde.
Ora, o Bloco de Esquerda pretende saber, "além do que tem sido reportado por vários utentes e noticiado na comunicação social, quais são os tempos médios de espera para as urgências, consultas e para cirurgias nas diversas especialidades daquele hospital, que funciona em regime de PPP (Parceria Público Privada)", pode ainda ler-se no comunicado.
Para Fabian Figueiredo, dirigente nacional do Bloco e candidato à Câmara Municipal de Loures nas últimas autárquicas, "é incompreensível que, perante este tipo de incumprimentos, o Governo continue a não colocar em causa o contrato de concessão com a Luz Saúde”.
O bloquista considera igualmente que, "estando a discussão de uma nova Lei de Bases da Saúde na ordem do dia, é importantíssimo que o Governo tome uma posição clara e definitiva relativamente a este tipo de parcerias com grupos privados que, como se tem verificado, continuam a demonstrar dificuldades em cumprir a mais elementar das garantias, os tempos de resposta clinicamente aceitáveis”.
Saliente-se que "as portarias que regulam estes tempos são claras", prevendo-se que os tempos máximos de resposta garantidos "sejam respeitados pelos hospitais do SNS, privados convencionados com o SNS e pelas entidades com contratos no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, sendo válidos para o acesso a diferentes níveis e tipos de cuidados, sem caráter de urgência".
Refere ainda o líder bloquista que o partido "sempre combateu as Parcerias-Público-Privadas na área da saúde e, perante este tipo de práticas, o Governo deveria, em nome dos utentes, dos profissionais e do interesse público, anunciar a não renovação de contrato com a entidade gestora do Hospital Beatriz Ângelo, trazendo-o para a gestão pública e abandonando, de uma vez por todas, o recurso a PPP”.
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