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"Nem Bloco nem PCP" ganham com animosidade entre partidos

A coordenadora do BE, Catarina Martins, disse esta terça-feira que nem comunistas nem bloquistas ganham com a animosidade entre partidos, considerando que o assumir do primeiro-ministro de maior proximidade com o PCP "tem uma parte de calculismo eleitoral".

"Nem Bloco nem PCP" ganham com animosidade entre partidos
Notícias ao Minuto

21:30 - 22/01/19 por Lusa

Política Catarina Martins

Catarina Martins foi entrevistada pelo jornalista Luís Osório, no ciclo de conferências do grupo de turismo 'PortoBay', intitulada '30 Portugueses, 1 País', tendo sido questionada sobre a animosidade do PCP em relação ao BE.

"Acho que se confunde um pouco com disputa eleitoral. Eu pessoalmente acho que não ganhamos com isso, nem nós nem o PCP", assumiu.

A coordenadora do BE fez questão de deixar claro que não confunde "declarações que às vezes são proferidas por responsáveis do PCP com alguma animosidade com o BE" com a atuação de "boa parte dos seus militantes".

"E também não confundo com a convergência concreta que existe entre os dois partidos em tantas matérias", acrescentou, deixando claro que são "partidos muito diferentes e as pessoas percebem as diferenças", diferenças essas que Catarina Martins não menoriza minimamente.

Catarina Martins foi confrontada com a posição do primeiro-ministro, António Costa, que precisamente neste ciclo de entrevistas, na semana passada, assumiu mesmo que fala num estilo de maior proximidade com o PCP do que, por exemplo, com o Bloco de Esquerda.

"Eu acho que tem uma parte de calculismo eleitoral e o sentir-se pouco incomodado eleitoralmente com o PCP, que tem um eleitorado muito fiel e que sente esse conforto, eventualmente", começou por dizer.

Segundo a líder bloquista, "há depois características pessoais, de conhecimento há muitos anos".

"Eu nem sequer sei falar de futebol para quebrar a tensão numa reunião. Eu sou um desastre desse ponto de vista", brincou.

Mais à frente, num período em que foi instada a dizer a primeira coisa que lhe viesse à cabeça quando ouvisse determinado nome, António Costa voltou à conversa, com Catarina Martins a caracterizá-lo como "negociador".

Já no Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a líder do BE vê "um enigma", considerando-o "mais difícil de compreender do que leituras mais apressadas", apesar de concordar que se trata de um 'upgrade' em relação a Cavaco Silva.

De um "muito empenhado" Pedro Nuno Santos, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, chegou a vez de Catarina Martins falar do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

"Eu gosto muito do Jerónimo de Sousa, tenho uma admiração pelo Jerónimo. Muitas vezes tem declarações que eu acho que são desapropriadas e temos enormes divergências políticas, mas tenho admiração por quem tem o percurso dele e acho que ele foi um dos empenhados", elogiou.

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