PCP recusa "alimentar" ambiente de "insegurança e intranquilidade"
O PCP recusou hoje "alimentar a corrente" a propósito dos incidentes registados em Lisboa e Setúbal nos últimos dias, considerando que fazê-lo seria "animar um ambiente de insegurança e intranquilidade".
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Política Violência
"O PCP não alimentará a corrente dos que, a propósito de factos concretos e pontuais, agem para os generalizar. Fazê-lo seria animar um ambiente de insegurança e intranquilidade", lê-se num comunicado do PCP enviada à comunicação social.
Na nota, os comunistas recordam que a PSP já abriu um comunicado aos acontecimentos ocorridos, no domingo, em Vale de Chícharos, conhecido por bairro da Jamaica, no Seixal, entre a PSP e moradores, de que resultaram feridos cinco civis e um polícia, sem gravidade.
"Eventuais situações de recurso a violência não justificada, naturalmente condenável e que deve ser prevenida, não podem contribuir para desvalorizar a ação das forças de segurança e dos seus profissionais", acrescenta ainda o PCP.
A PSP reforçou hoje o policiamento com elementos da Unidade Especial de Polícia na Bela Vista, em Setúbal, e em algumas zonas de Loures e Odivelas (distrito de Lisboa), após incidentes registados durante a noite, com o lançamento de 'cocktails Molotov' contra uma esquadra e o incêndio de caixotes e de várias viaturas.
Em comunicado, a PSP informou que continua as investigações a estes incidentes, "nada indiciando, até ao momento, que estejam associados à manifestação" de protesto contra uma intervenção policial no bairro da Jamaica, no Seixal (Setúbal).
Após a manifestação em frente ao Ministério da Administração Interna na segunda-feira, em Lisboa, quatro pessoas foram detidas na sequência do apedrejamento de elementos da PSP por participantes no protesto, convocado para dizer "basta à violência policial" e "abaixo o racismo".
Este protesto ocorreu um dia depois de incidentes no bairro da Jamaica.
O Ministério Público e a PSP abriram inquéritos aos incidentes no bairro da Jamaica.
Os quatro manifestantes detidos em Lisboa vão ser julgados sumariamente em 07 de fevereiro.
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