Rui Rio respondeu a Luís Montenegro, este sábado, numa conferência de imprensa dada no Hotel Sheraton, no Porto, depois de o antigo deputado do PSD anunciar, esta sexta-feira, ter disponibilidade para candidatar-se à presidência do partido.
"A minha resposta é não", reagiu o líder do PSD ao desafio lançado por Montenegro, que instou Rio a convocar eleições diretas já, a apenas alguns meses das legislativas. Algo que, segundo Rio, seria "fazer o jogo socialista" e "prestar um serviço a António Costa".
Rui Rio justifica ainda a sua opção de não convocar diretas porque "o PSD é um partido grande demais, importante demais para poder estar sujeito a permanentes manobras táticas ao serviços de interesses individuais ou de grupos, sejam estes mais às claras ou escondidos por qualquer secretismo".
O presidente dos social-democratas sublinhou ainda que quer convocar um Conselho Nacional Extraordinário para apreciar uma moção de confiança à direção. "Há momentos para unir e momentos para clarificar. Temos de ser um partido responsável", afirmou, citando de seguida Francisco Sá Carneiro: "A política sem risco é uma chatice e sem ética é uma vergonha".
No início do discurso, Rui Rio afirmou que nunca participou nem participaria "em golpes palacianos" e acusou Luís Montenegro de colocar "as agendas pessoais" à frente do "interesse nacional", ao contrário do atual líder social-democrata.