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"Planalto de Brasília foi calcado pela mentira, ódio e injustiça"

Ângelo Alves e Tiago Barbosa Ribeiro recorreram ao Facebook para expressar as suas opiniões sobre a tomada de posse de Jair Bolsonaro.

"Planalto de Brasília foi calcado pela mentira, ódio e injustiça"
Notícias ao Minuto

09:00 - 02/01/19 por Filipa Matias Pereira

Política Redes Sociais

Jair Bolsonaro tornou-se oficialmente o 38.º presidente do Brasil, esta terça-feira. O líder que tem agora nas suas mãos os comandos do país promete lutar contra a corrupção e o crime violento. Bolsonaro apelou ainda, no seu discurso de tomada de posse, ao pacto nacional para levar a cabo as mudanças que o país necessita.

A tomada de posse do presidente com quem Portugal partilha laços umbilicais espoletou, por cá, reações políticas nas redes sociais. Ângelo Alves recorreu à sua página oficial de Facebook para frisar que “há uma coisa que a história nossa, do nosso país e do meu partido, e de todos os que resistiram ao fascismo no Mundo, nos ensinou: o fascismo alimenta-se da injustiça, do ódio e do medo”.

Aliás, para o comunista, “quem o combateu e combate [o fascismo] vive do amor, da solidariedade e da amizade, demonstra que é possível a justiça e nunca mas nunca tem medo, porque a sua força é a verdade e o fascismo vive da mentira”.

Com efeito, no seu entendimento, “o Planalto de Brasília” foi esta terça-feira “calcado pela mentira, pelo ódio e pela injustiça”. Ora, ressalvou, “cá estaremos para apoiar a luta dos comunistas, dos progressistas e dos democratas brasileiros. Sem medo, com coragem e como dizia o Pires Jorge ‘com uma imensa alegria’”. Estes são os ideais que “eles nunca nos vão conseguir retirar”, nomeadamente “a alegria com que encaramos a luta da construção de um mundo melhor, a luta pelo Socialismo que Bolsonaro quer abolir nas nunca irá conseguir”.

Já Tiago Barbosa Ribeiro recordou, também na sua página oficial de Facebook, que Bolsonaro abordou, no seu discurso, “o combate ao ‘politicamente correto’”. Este é, como refere, “uma trave-mestra que une populistas, conservadores e liberais de Direita, mas não passa do mantra para a sua ofensiva ideológica”. Estes “doutrinam sob o pretexto de desideologizar a sociedade, a escola, a família”, e falando “de neutralidade, radicalizam”.

Acrescentou ainda o socialista que os populistas, conservadores e liberais de Direita “atacam ‘agendas’ e impõem a sua”, já que “não existe isso de politicamente correto”. No seu prisma, “existem direitos humanos, direitos sociais, respeito pela diferença, pela alteridade e pelas minorias”.

Já quanto “ao resto”, considera Tiago Barbos Ribeiro que o discurso de Bolsonaro “esteve em linha com o expectável: autoritarismo, exaltação religiosa, imposição de modelo familiar, perseguição à diferença, liberalismo económico, privatizações, ataque a programas sociais, estratificação, culto da violência e das armas, muitas referências primárias, combate a fantasmas. Mais cedo ou mais tarde, será derrotado por eles”.

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