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“Apontamos o dedo ao Governo, fala dos problemas e não encontra soluções"

Assunção Cristas disse, esta sexta-feira, estar "preocupada" com a "carência grave de recursos humanos no SNS" de que é exemplo a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.

“Apontamos o dedo ao Governo, fala dos problemas e não encontra soluções"
Notícias ao Minuto

13:14 - 28/12/18 por Melissa Lopes

Política MAC

A líder do CDS, Assunção Cristas, foi ver com ‘os próprios’ olhos a realidade da falta de meios humanos na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, onde esteve reunida com a direção da maternidade, depois da polémica sobre a impossibilidade de se assegurar um turno de anestesistas nos dias 24 e 25.

Em declarações aos jornalistas, Cristas sublinhou que teve oportunidade de “verificar precisamente uma nota comum em Lisboa, mas também em todo o país, que é a constante necessidade de recursos humanos”.

Quanto ao caso dos anestesistas, a líder centrista disse que “certamente há muitos” no Centro Hospitalar, mas que “depois não é possível tê-los em todo o lado quando são necessários”. Para a centrista, é “estranho” ver esta dificuldade numa maternidade encarada como “uma referência”.

No entanto, nota Cristas, esta “é uma dificuldade comum a todo o país”: “Dificuldades em reter pessoas no SNS, em ter gente suficiente para as necessidades de uma sociedade envelhecida”.

Na MAC, referiu Cristas, "não foi contemplada nenhuma vaga para anestesistas para aqui neste último concurso que, de resto, tem deixado as pessoas muito descontentes e, nalguns casos, muito desconcertadas porque as suas necessidades não foram atendidas". 

A líder do CDS critica ainda o Governo por não apresentar soluções para os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente de não conseguir reter os profissionais. "Entraram mais médicos, sim, mas também todos os anos saem. Entre o entrar e sair, o saldo continua a ser negativo", atirou. 

"Ouvimos a ministra a dizer que é preciso reter profissionais no SNS, mas não percebemos como é que se retém profissionais se não se abrem vagas para que eles venham e se não se abrem vagas para a sua formação. Não conseguimos compreender e apontamos o dedo ao governo porque fala dos problemas e não encontra as soluções", contestou ainda. 

Referindo-se às contratações de profissionais através de prestação de serviços, Cristas afirmou que são "situações de recurso" e que "não são desejáveis". "O que é desejável é ter equipas com estabilidade", defendeu, considerando "inaceitável que se contratem, como acontece na MAC, serviços à hora numa base diária. 

Cristas manifestou-se ainda "preocupada" com a carência grave de recursos humanos no SNS, situação que antevê que vai piorar com o tempo. "Fico muito preocupada. Não está a ser feito nada de fundo para resolver o problema no imediato e no futuro próximo", finalizou. 

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