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PCP exige com "urgência" revisão dos estatutos da Metro do Porto

O PCP exige que se inicie com "urgência" um processo de revisão da concessão do sistema de metro da Área Metropolitana do Porto (AMP), pelo que submeteu hoje um projeto de resolução no qual também defende a revisão dos estatutos.

PCP exige com "urgência" revisão dos estatutos da Metro do Porto
Notícias ao Minuto

19:29 - 21/12/18 por Lusa

Política Transportes

"[O objetivo] é eliminar a obrigatoriedade de subconcessão, estipulando que o objeto principal da sociedade é prosseguido por exploração direta da mesma, não sendo passível de transmissão ou subconcessão a outras entidades", lê-se no projeto de resolução intitulado "Combate a precariedade laboral no sistema de Metro do Porto" que deu hoje entrada na Assembleia da República.

Já a segunda sugestão do PCP é que os estatutos da Metro do Porto sejam alterados para que o conselho de administração fique mandatado a preparar e levar a cabo medidas que, entre outros propósitos, visam a melhoria de condições dos trabalhadores.

Assim, o grupo parlamentar comunista defende que a estrutura orgânica da Metro "assuma o seguimento e desenvolvimento da exploração e gestão operacional do sistema de transporte, no quadro da sua plena reversão para a gestão pública, promovendo a integração com vínculo efetivo de todos os trabalhadores ao serviço no Sistema de Metro Ligeiro da AMP".

Os comunistas também exigem que seja salvaguardada a antiguidade e os direitos adquiridos dos trabalhadores que estão presentemente ao serviço das várias empresas subcontratadas pela Metro do Porto.

E somam ao rol de sugestões que seja assegurada a continuidade da contratação da EMEF para a manutenção do material circulante.

"O Metro do Porto é um importantíssimo instrumento para a mobilidade no distrito do Porto e afeta, positivamente, a vida de milhares de pessoas. Com 67 quilómetros de linha e mais de 60 milhões de validações em 2017, o metro do Porto é hoje fundamental para o dia-a-dia dos cidadãos do distrito do Porto", lê-se no projeto de resolução do PCP.

Mas, de acordo com o PCP, "passados 16 anos da inauguração do Metro do Porto, muitos dos trabalhadores que asseguram o seu funcionamento estão em situação de precariedade".

"O número de trabalhadores com vínculo precário envolvidos na operação do sistema de metropolitano do Grande Porto situar-se-á seguramente no campo das centenas, mas é impossível determinar o seu número exato uma vez que é uma realidade que a empresa e tutela optam por omitir", descrevem os comunistas.

O PCP observa que o mais recente Relatório e Contas de 2017 da Metro do Porto, SA fala em 82 trabalhadores com vínculo à empresa, questionando: "É legítimo, portanto, que a sociedade portuguesa se interrogue sobre quem assegura a manutenção de 67 quilómetros de via e de 81 estações, quem zela pela segurança de uma frota com 102 veículos. Quem garante, afinal, o transporte de uma média anual de 60 milhões de passageiros?".

"Obviamente não serão esses 82 trabalhadores que, sozinhos, asseguram tal proeza", apontam os comunistas.

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