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Bloco atribui fraca adesão à "tentativa de instrumentalização da extrema

A coordenadora do BE, Catarina Martins, atribuiu hoje a fraca adesão ao protesto dos "coletes amarelos" à "tentativa de instrumentalização da extrema-direita", considerando que "as pessoas em Portugal sabem que não será daí que vem a solução".

Bloco atribui fraca adesão à "tentativa de instrumentalização da extrema
Notícias ao Minuto

17:16 - 21/12/18 por Lusa

Política Coletes amarelos

No final de uma reunião com cuidadores informais, em Lisboa, Catarina Martins foi questionada pelos jornalistas sobre o protesto de hoje dos "coletes amarelos", que teve uma fraca adesão em Portugal.

"Há seguramente muitas matérias em Portugal que são motivo de protesto e justo protesto. Considero, no entanto, que este movimento não terá tido sequer a expressão que se esperava porque houve uma tentativa de instrumentalização da extrema-direita e as pessoas em Portugal sabem que não será daí que vem a solução para qualquer dos problemas concretos da sua vida", defendeu.

Eventualmente, segundo a líder bloquista, "as reivindicações também não eram as que diziam mais à vida das pessoas".

"Houve uma tentativa, julgo eu, da extrema-direita de se infiltrar disfarçadamente, não dizendo às pessoas quem era, para tentar ter mais gente do que teria se estivesse sozinha. Julgo que isso é negativo porque quem organiza protestos, seguramente com toda a legitimidade, deve fazê-lo numa democracia, dando a cara, sendo claro nas suas reivindicações, sendo claro onde é que se posiciona", criticou.

Sobre o número de protestos, greves e manifestações que tem havido em Portugal em diferentes áreas, Catarina Martins defendeu que "há expectativas sobre as carreiras que demoraram a ser cumpridas", sendo natural que os trabalhadores que "sintam essas mesmas expectativas goradas" percebam que a reivindicação tem de acontecer quando "a legislatura chega ao fim".

"Eu chamo a atenção que hoje há um protesto também dos precários do Estado que ainda não foram vinculados. A RTP é uma das empresas que tarda em vincular os seus precários", exemplificou.

Para a coordenadora do BE, "é normal, quando a legislatura está a chegar ao fim, e há acordos, compromissos que foram feitos, concretos, sobre carreira, sobre vinculação e esses profissionais não sentem resposta, que percebam que devem protestar para fazer defender os seus direitos".

A manifestação dos "coletes amarelos" teve hoje de manhã uma fraca adesão, mas provocou alguns condicionamentos de trânsito, tendo a polícia identificado 12 pessoas, no Porto e em Coimbra, e detido três manifestantes em Lisboa, na sequência de desacatos.

Os protestos dos "coletes amarelos" em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.

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