Assunção Cristas insiste que economia podia ter crescido bastante mais
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, lamentou hoje que o Governo não tenha dado condições para o investimento, reiterando que a economia portuguesa poderia ter crescido bastante mais.
© Global Imagens
Política CDS
"O Governo não foi capaz de pôr a economia portuguesa a crescer bem acima daquilo que está a crescer porque não cuidou das condições para o investimento", afirmou Assunção Cristas, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a um lagar de azeite no concelho de Vimioso, no distrito de Bragança.
O Banco de Portugal (BdP) piorou hoje as projeções de crescimento de Portugal, esperando que o Produto Interno Bruto (PIB) aumente 2,1% este ano e 1,8% no próximo, desacelerando progressivamente o ritmo de crescimento até aos 1,6% em 2021, no seu boletim económico de dezembro.
"O Governo não deu as condições necessárias para o investimento, que poderia ser bem maior. Estamos a falar dos fundos comunitários a chegarem ao terreno atempadamente e com previsibilidade, mas estamos também a falar do tudo que tem a ver com o regime fiscal e os impostos que não baixaram, como é o caso do IRS e IRC, a fim de estimular o investimento em diversas áreas", sublinhou a líder centrista.
Assunção Cristas, à passagem por uma unidade de transformação de azeitona, situada na localidade do Campo de Víboras, em pleno interior transmontano, lembrou ainda que o CDS-PP apresentou no parlamento "um verdadeiro estatuto" de benefício fiscal para interior, para ajudar a impulsionar a economia "e que foi rejeitado".
O banco central antecipou que a economia portuguesa cresça 2,1%, menos 0,2 pontos percentuais do que o esperado em outubro, e abaixo dos 2,3% estimados pelo Governo, com as previsões do crescimento das exportações a caírem também dos 5% (de outubro) para os 3,6%.
"O Governo não cuidou de aproveitar a boa oportunidade que teve e a conjuntura externa, infelizmente já não é tão boa", insistiu.
As projeções macroeconómicas do BdP, que atualizam as projeções macroeconómicas para o período 2018-20 e divulgam, pela primeira vez, projeções para 2021, estimam que a economia portuguesa deva prosseguir uma trajetória de crescimento da atividade, embora "em desaceleração", em linha com as projeções para o mesmo período publicadas para o conjunto da área do euro pelo Banco Central Europeu (BCE).
No quarto e último Orçamento do Estado da presente legislatura, no que respeita ao cenário macroeconómico, o Governo visa atingir um défice de 0,2%, uma dívida na ordem dos 118,5% do PIB, um crescimento de 2,2% e uma taxa de desemprego que ronde os 6%.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com