POUPANÇA NO MINUTO
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"A Portugal chega tudo mais tarde, mas 'coletes amarelos' vão cá chegar"
Joaquim Jorge exige que os “comportamentos fraudulentos na política” sejam sancionados.
© Joaquim Jorge
Política Joaquim Jorge
O fundador do Clube dos Pensadores, Joaquim Jorge, afirmou, esta segunda-feira, num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto, que temos um ‘Fake Parlamento’ constituído por deputados que têm “comportamentos fraudulentos que deveriam ser sancionados ou renunciar ao mandato”.
Para o também biólogo não há duvidas de que a “idoneidade” de vários parlamentares está comprometida, causando um “mal-estar latente na política portuguesa que salta para a opinião pública”.
Joaquim Jorge refere-se, principalmente, às “presenças-fantasmas” no Parlamento e aos falsos reembolsos das viagens por falsa indicação da residência recebendo ajudas de deslocação que têm estado na ordem do dia.
“Carlos César, apesar do seu nome ligado à polémica com os reembolsos de viagens entre Lisboa e os Açores para as quais já recebe, como os restantes deputados insulares, 500 euros por semana, é no mínimo caricato que este dossier esteja nas suas mãos”, refere, acrescentando que, “atitudes destas”, estão a levar a um perigoso descontentamento dos cidadãos.
“A Portugal chega tudo mais tarde, mas os ‘coletes amarelos’ vão cá chegar um dia destes. A classe média portuguesa está empobrecida, o custo de vida não para de subir e não conseguem recuperar. É vergonhoso este tipo de comportamentos e mina irremediavelmente a relação dos portugueses com os políticos e a política. A nossa democracia esvazia-se de qualquer substância, um dia destes, a panela vai ferver e a tampa vai saltar”, diz.
Apesar de admitir que os “portugueses não são dados a radicalismo”, para Joaquim Jorge, perante este tipo de comportamentos “inqualificáveis” a indignação alastra, tal como tempos visto, mas greves que têm proliferado em vários sectores e por todo o país e a “extrema-direita está à espreita”.
Por estas razões, o comentador defende que os políticos deviam dar o exemplo à sociedade.
“O exemplo tem que vir de cima e de quem faz as leis. Estamos num 'Fake Parlamento' ('falso Parlamento'). Comportamentos fraudulentos na política devem ser sancionados. Ponto!”, conclui.
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