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CDS preocupado com desacatos no Estabelecimento Prisional de Lisboa

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, manifestou hoje "preocupação" com os desacatos no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), na terça-feira à noite, devido à greve dos guardas prisionais, apontando uma "inação do Governo nesta área".

CDS preocupado com desacatos no Estabelecimento Prisional de Lisboa
Notícias ao Minuto

11:56 - 05/12/18 por Lusa

Política Assunção Cristas

O Grupo de Intervenção de Segurança Prisional foi chamado ao EPL na terça-feira devido a alegados desacatos por reclusos da Ala B (que tem cerca de 190 detidos) que protestavam por não terem tido visitas como previsto devido à greve dos guardas prisionais.

"Tudo o que mostra um foco de conflito e de instabilidade, ainda por cima relacionado com problemas laborais e com um exercício que é legítimo, do direito à greve, obviamente são objeto de preocupação nossa", disse a líder do CDS-PP.

Assunção Cristas falava aos jornalistas em Lisboa, onde também é vereadora na Câmara Municipal, à margem de uma ação para assinalar o Dia Internacional do Voluntariado.

"Nestas áreas que têm a ver com segurança, com a soberania do Estado, com um papel que aí é incontornável que tem de ser do próprio Estado, com certeza que para nós deixa-nos com mais preocupações", apontou.

Considerando que "mais uma vez" o que está em cima da mesa é "um problema de funcionários do Estado que estão a encontrar dificuldades", Cristas salientou que "as questões subjacentes a estas greves e a estas reivindicações têm a ver também com uma inação do Governo nesta área".

O diretor dos serviços prisionais, Celso Manata, informou na terça-feira que cerca de 160 a 170 reclusos daquela ala se revoltaram por não terem visitas, como estava previsto, e amotinaram-se com gritos, colchões e papéis queimados, e algum material partido.

De acordo com Celso Manata, os desacatos ficaram revolvidos pouco após as 20:00 e os reclusos foram fechados nas suas celas, não tendo sido necessário recorrer ao Grupo de Intervenção de Segurança Prisional (GISP) que, entretanto, foi ativado, como acontece em situações de emergência.

Os alegados desacatos ocorrem numa altura em que decorre o último de quatro dias de greve dos Guardas Prisionais e que rondou uma adesão de cerca de 80%.

Os guardas prisionais marcaram esta greve de quatro dias para exigir a revisão do estatuto profissional e a progressão na carreira, além de contestarem o novo horário de trabalho.

O universo de guardas prisionais ronda os 4.350 para uma população prisional perto dos 13.000 reclusos.

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