Risco de pobreza na Madeira é de 27% e cria "bomba relógio social"

O CDS no parlamento da Madeira afirmou hoje ser um "choque" que a percentagem de pessoas em risco de pobreza seja de 27%, considerando que está a ser criada "uma espécie de bomba relógio social" na região.

É "inaceitável" a recusa do ministro em comparecer na comissão sobre TAP

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Lusa
05/12/2018 10:53 ‧ 05/12/2018 por Lusa

Política

CDS

"Não vos choca que 27% dos madeirenses recebam menos de 468 por mês?", questionou o deputado centrista Rui Barreto, numa intervenção no período de antes da ordem do dia do plenário da Assembleia da Madeira.

O parlamentar disse ser um choque os estudos que "demonstram claramente que, na Madeira, a pobreza cresce mais rápido que a criação da riqueza".

O deputado criticou que na proposta do Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da Região Autónoma da Madeira (PIDDAR), na ordem dos 680 milhões de euros, para 2019, haja uma redução das verbas para a promoção da inclusão social e combate à pobreza em 11 milhões de euros.

Rui Barreto salientou que as propostas de alteração que o CDS/Madeira vai apresentar em sede de discussão do OR/2019 têm como principais vetores a aposta no social, incentivo à produção regional e a competitividade e concorrência.

"Temos níveis muito elevados na nossa terra e temos de colocar como desígnio da ação política o combate à pobreza e exclusão", sustentou.

O deputado argumentou que "os níveis de pobreza têm forçosamente de ser reduzidos, sob pena de se estar a criar uma sociedade cada vez mais desigual e uma espécie de bomba relógio".

Também enfatizou que o Orçamento do Estado para a Madeira "não foi o desejado porque o PS deu falta de comparência no Orçamento, tendo preferido perseguir os seus objetivos do que os da comunidade que representa".

No seu entender, "nenhum assunto foi resolvido pelo Governo e os que foram resolvidos só o foram porque, felizmente, o executivo socialista não tem maioria".

Rui Barreto salientou que no OE/2019 "só foi possível reduzir os juros (poupança de 150 milhões de euros durante a vigência do contrato) e melhorar as verbas a ser transferidas para a construção porque o CDS, PSD e BE obrigaram".

O deputado do CDS aproveitou para considerar "estranho o silêncio do candidato do PS", Paulo Cafôfo, sobre esta matéria.

As propostas de Orçamento (1.928 milhões de euros) e PIDDAR (680 ME) serão discutidos na próxima semana, entre os dias 11 e 14, na Assembleia Legislativa da Madeira.

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