Câmara do Porto acusa Manuel Pizarro de contradições
A Câmara do Porto disse hoje que as declarações do vereador do PS Manuel Pizarro "contrariam de forma gritante" o que o socialista disse em reunião do executivo, em que manifestou a sua "solidariedade" no caso do Centro de Saúde de Ramalde.
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Política Porto
"Os vereadores do PS referiram-se hoje ao Centro de Saúde de Ramalde contrariando a sua votação em reunião de executivo, no passado dia 27 de novembro. Nessa altura, Manuel Pizarro declarou 'apoio político e solidariedade' relativamente à posição de exigência de Rui Moreira [presidente da câmara]", refere a autarquia.
"Mas hoje [o PS], acusa o presidente da Câmara de prejudicar os munícipes", acrescenta o município num comunicado disponível no seu sítio na internet.
Hoje, numa nota de imprensa em que anunciaram a visita ao centro de saúde, os vereadores do PS dizem lamentar "que seja a população a prejudicada pelo conflito entre Rui Moreira e Governo".
Após a visita, o vereador do PS Manuel Pizarro admitiu que teria visitado mais cedo o Centro de Saúde de Ramalde, se soubesse que "bastava anunciar" a sua ida para que a câmara desbloqueasse a entrega do equipamento ao Estado.
No comunicado intitulado "Esclarecimento da Câmara do Porto sobre posição do PS relativamente ao Centro de Saúde de Ramalde", o município cita excertos de uma reunião de câmara em que o assunto foi abordado.
"Vamos obviamente votar a proposta favoravelmente. Mais do que isso, estamos muito empenhados em contribuir", afirmou, segundo a autarquia, Manuel Pizarro na reunião na qual ainda acusou a Direção-Geral do Tesouro e Finanças de ser "um Estado dentro do Estado", lê-se no documento.
Segundo o comunicado, a câmara diz também que Manuel Pizarro afirmou, à data, que não tinha nada a acrescentar ao que disse o presidente "que, aliás, é factual".
O município adianta que tudo começou com "uma moção apresentada pelos vereadores independentes, onde a Câmara do Porto se propunha exigir ao Governo que cumprisse a sua parte de um acordo".
Nesse acordo, informa "a autarquia tinha ficado de construir e entregar ao Estado um Centro de Saúde em Ramalde e o Estado de entregar à câmara um terreno".
"Só que o Estado não apenas não entregou o terreno como não sabia dar respostas sobre se iria ou não cumprir a sua parte. O texto da deliberação é claro: a câmara exigia o terreno para entregar o centro. Foi, por isso, aprovado por unanimidade, com os votos favoráveis do PS", salienta o comunicado.
O esclarecimento defende que era, por isso, evidente, que a câmara esperaria pelo terreno para entregar o Centro de Saúde.
Segundo o mesmo, Manuel Pizarro ainda questionou a câmara sobre se o centro não poderia ser entregue de imediato e Rui Moreira garantiu que o faria, caso a ministra da Saúde lho garantisse por escrito.
"Chegada a carta da ministra na passada semana, a Câmara do Porto comunicou à ARS [Administração Regional de Saúde do Norte] que queria entregar o centro, dando três meses para fazer a escritura do terreno. Mais, publicou hoje de manhã um comunicado no site da Autarquia, anunciando a decisão", explica-se.
A Lusa tentou obter uma reação por parte do vereador do PS Manuel Pizarro, mas, até ao momento, sem sucesso.
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