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"Há milhões para a Web Summit, mas não para a ala pediátrica do S. João"

Um dia após a aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano, André Ventura aponta alguns erros “provincianos” ao Governo e da esquerda que viabilizou o documento.

"Há milhões para a Web Summit, mas não para a ala pediátrica do S. João"
Notícias ao Minuto

10:15 - 30/11/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política André Ventura

Quando foi anunciada a continuidade da Web Summit em Lisboa por mais dez anos, foi também anunciado o que tal decisão significaria em termos financeiros. Para garantir que a maior cimeira tecnológica do mundo tenha lugar na capital portuguesa, o Estado comprometeu-se a fazer um investimento público na ordem dos 110 milhões de euros.

Para André Ventura, isto significa que é “tudo ao contrário neste país”, pois “estabelecemos como prioridade conceder 110 milhões à Web Summit até 2028”.

Este investimento não seria um problema caso não tivesse vindo a lume, esta semana, que há “vítimas dos incêndios de 2017 que ainda aguardam pelas indemnizações ou pela reparação das respetivas habitações que foram destruídas pelas chamas”.

Mas não só. Este investimento não seria um problema, caso as crianças internadas no Hospital de São João tivessem outras condições de bem-estar.

“O mesmo se aplica em relação à vergonhosa situação da ala pediatria do Hospital S. João no Porto”, sublinha em declarações ao Notícias ao Minuto, criticando o facto de que “não há 20 ou 30 milhões para dar dignidade àquelas crianças, mas não há nenhuma limitação orçamental para canalizar 10 milhões por ano para a Web Summit”.

O fundador do partido CHEGA, que está em fase de recolha de assinaturas para então ser autorizado pelo Tribunal Constitucional, defende que o que “está errado não é o investimento em eventos de natureza científica e tecnológica”. O que “está errado”, sublinha, é a “falta de sentido e lógica das nossas prioridades enquanto país”.

“Na verdade, para governantes que preferem apoiar entusiasticamente uma feira tecnológica do que a dignidade de crianças doentes ou vítimas de incêndios não há grande caracterização a fazer: pacóvios e provincianos”, remata.

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