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"PCP rejeita pressões da indústria" sobre novas vacinas no Plano Nacional

O PCP recusou hoje ter cedido a pressões da indústria farmacêutica para apresentar a iniciativa parlamentar de inclusão de mais vacinas no Plano Nacional de Vacinação (PNV), a qual foi aprovada na especialidade, no Orçamento do Estado para 2019.

"PCP rejeita pressões da indústria" sobre novas vacinas no Plano Nacional
Notícias ao Minuto

15:25 - 29/11/18 por Lusa

Política Carla Cruz

Em declarações à Lusa, a deputada comunista Carla Cruz defendeu a "universalidade" e "gratuitidade" das vacinas em causa, assente em "evidências científicas", mas sublinhou que a medida não coloca em causa o trabalho da comissão técnico-científica da Direção-Geral de Saúde, encarregada do PNV.

Na terça-feira, o parlamento aprovou, no período de discussão e votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2019, a integração das vacinas contra a meningite B, o rotavírus e o HPV (Vírus do Papiloma Humano) para os rapazes no PNV.

A primeira proposta votada para esta inclusão no PNV foi a do PCP, aprovada pelos proponentes, PSD e BE, mas com o voto contra do PS e a abstenção do CDS-PP.

A ex-ministra da Saúde socialista Ana Jorge, pediatra, fez declarações públicas em que sugeriu pressões por parte da indústria farmacêutica para a introdução de mais vacinas no PNV e juntou-se às vozes do bastonário da Ordem dos Médicos e da atual Ministra da Saúde, que assinalaram como estranha a decisão por parte de deputados de inclusão de vacinas sem que haja uma posição da comunidade médico-científica.

"O PCP rejeita veementemente quaisquer insinuações sobre pressões da indústria farmacêutica. O PCP nunca se deixou condicionar por pressões. A proposta do PCP baseou-se nos princípios do acesso universal às vacinas em causa e sua gratuitidade - as famílias ficam a poupar em custos de cerca de 600 euros, segundo aquilo que veio a público", disse Carla Cruz.

A parlamentar comunista afirmou que "há evidências científicas e técnicas para a introdução destas vacinas", citando um parecer deste ano da Sociedade Portuguesa de Pediatria e documentos do grupo de estudo do cancro da cabeça e pescoço.

"Trata-se de uma questão de imunização individual e de salvaguarda da saúde pública. Esta proposta não inviabiliza a continuidade do trabalho que a comissão técnico-científica da Direção-Geral de Saúde está e continua a fazer, até porque o PNV está em contínua avaliação, é uma coisa dinâmica. O PCP não quis afrontar, nem ingerir-se nas decisões da comissão técnico-científica", acrescentou Carla Cruz.

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