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Parlamento troca voltas ao Governo? Costa não comenta votações parciais
Da parte do primeiro-ministro, comentários às votações que decorrem no Parlamento só depois de quinta-feira de manhã. Mesmo perante a insistência dos jornalistas, Costa não se desviou do caminho escolhido: não comentar.
© Global Imagens
Política Orçamento do Estado
O primeiro-ministro recusa-se a fazer comentários sobre a votação no Parlamento, nesta segunda-feira no debate da especialidade do Orçamento do Estado para 2019, que força o Governo a voltar à mesa das negociações com professores por causa da contagem de tempo de serviço que esteve congelado.
Questionado pelos jornalistas, António Costa não deixou escapar qualquer comentário sobre o tema, 'chutando' possíveis considerações para depois de quinta-feira de manhã.
Sobre se é possível que haja alterações no decreto de lei - que estabelecia a contagem de dois anos, oito meses e 18 dias - que agora vai ter de voltar ao Conselho de Ministros, o chefe do Governo disse: “Não me antecipo ao Conselho de Ministros. Deixe ver o Conselho de Ministros”.
Que consequências tira da votação?, insistiram os jornalistas. “Não vou estar a comentar votações parciais no Orçamento. Na quinta-feira de manhã vamos ter a votação final global do OE e só com a votação final é que temos a apreciação conjunta”.
"Mas ainda teme uma catástrofe no OE?", tentaram os jornalistas, mais uma vez. Sem sorte. “Creio que temos todos tempo suficiente para esperar pela quinta-feira de manhã, aguardamos por vermos qual é a votação final global. Na altura, fala-se”, respondeu o primeiro-ministro, à margem de uma visita à empresa Science4You, em Loures, acompanhado de elementos do Governo, nomeadamente Tiago Brandão Rodrigues.
Recorde-se que as propostas de alteração do PSD, do CDS e do PCP relativas ao tempo de serviço nas carreiras, cargos ou categorias integradas em corpos especiais, nas quais se incluem os professores, foam aprovadas com os votos favoráveis de todos os partidos (à exceção do PS).
A aprovação destas propostas de alteração obrigam o Governo a retomar as negociações com o sindicatos dos professores que nunca abriram mão dos nove anos, quatro meses e dois dias.
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