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PCP avoca para plenário votação sobre tempo de serviço dos professores

O PCP anunciou hoje que vai avocar para plenário da Assembleia da República, na terça-feira, a sua proposta para a contagem do tempo de serviço das carreiras especiais da administração pública, entre as quais os professores.

PCP avoca para plenário votação sobre tempo de serviço dos professores
Notícias ao Minuto

22:48 - 26/11/18 por Lusa

Política Parlamento

Apesar de já ter sido hoje votada em especialidade, os grupos parlamentares podem avocar propostas e, com isso, forçar uma segunda votação sobre a mesma matéria.

As propostas de alteração orçamental do PSD, CDS, PCP que retomam a norma do Orçamento do Estado de 2018 sobre o tempo de serviço dos professores foram hoje aprovadas na especialidade, remetendo os prazos para o processo negocial.

Porém, as propostas do BE e do PCP, que propunham um calendário para o faseamento da contabilização integral do tempo de serviço das carreiras especiais da função pública, foram rejeitadas.

O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, disse aos jornalistas na Assembleia da República que a aprovação de hoje foi "parcelar e limitada" e que o partido "ainda não perdeu a esperança" de na terça-feira em plenário obter resultado diferente com todos os deputados a terem de se pronunciar sobre a matéria.

"Reafirmamos que continuaremos a travar esta luta ao lado dos trabalhadores da administração pública, dos professores e de todos os outros com carreiras especiais, continuando a intervir para que este problema possa ser ultrapassado", reiterou João Oliveira.

O deputado acrescentou que, além da avocação da proposta para debate e votação em plenário, irá suscitar (tal como também já anunciou o BE) a reapreciação parlamentar do decreto-lei que o Governo aprovou em Conselho de Ministros, que define que os professores vão recuperar dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço efetuado.

Por seu lado, também em declarações no parlamento, PSD e CDS saudaram a mudança na proposta de Orçamento do Estado para 2019 que obriga o Governo, do PS, a retomar as negociações sobre o tempo de serviço com os professores e o Bloco de Esquerda insistiu que o executivo deve começar "já com o pagamento de pouco menos de três anos".

A vice-presidente da bancada do PSD Margarida Mano salientou que a aprovação de propostas para forçar o Governo a retomar as negociações com os professores "não representa nenhum encargo adicional" e demonstra que, ao contrário do que disse o primeiro-ministro, António Costa, a proposta que estava no Orçamento do Estado de 2018 não "tinha sido verdadeiramente aplicada".

"Aquilo que foi votado não representa um aumento da despesa, significa o retomar de um processo que tem um aumento de despesa associado, mas que tem de ser avaliado", disse a deputada do PSD.

Para a deputada social-democrata, o retomar das negociações deve procurar encontrar "uma solução financeira, justa e sustentável", escusando-se a quantificar o valor da contagem integral do tempo de serviço das carreiras especiais da administração pública (nas quais se incluem os professores).

Pelo CDS-PP, a deputada Ana Rita Bessa declarou que esta mudança dá "uma nova oportunidade de abrir um processo negocial com estas várias forças, professores, forças policiais e magistrados", de acordo com a "sustentabilidade financeira, que é uma preocupação do CDS".

Ana Rita Bessa referiu que a seu partido espera, há mais de um ano, uma avaliação do impacto da progressão das carreiras nos próximos anos, para que os deputados tomem uma decisão "consciente e informada", evitando-se que um futuro executivo volte atrás numa decisão deste tipo.

A deputada acrescentou que o "mais importante" é "garantir às classes envolvidas todas as carreiras especiais, a oportunidade de uma negociação justa e exequível, que não seja só uma promessa, mas que permita ser sustentada além de uma legislatura".

Também em declarações aos jornalistas, a deputada do BE Joana Mortágua sublinhou que agora o "Governo está obrigado a negociar com os sindicatos a recuperação do tempo de serviço das carreiras especiais, nomeadamente dos professores".

Joana Mortágua reivindicou o pagamento, já em 2019, "desses quase três anos", procedendo-se à progressão nos anos seguintes, de acordo com as negociações entre o executivo e os sindicatos dos professores.

"Esses quase três anos [de contagem para a progressão] podem ser o início, mas não o fim do processo", disse.

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