"Há boas razões para condenar o despesismo oportunista do CDS e do PSD"
Vital Moreira considera que o Governo tem razão para temer a possibilidade de a aprovação das propostas de alteração orçamental da Direita e do PCP e Bloco de Esquerda arruinarem a proposta governamental.
© Carlos Manuel Martins / Global Imagens
Política Vital Moreira
O primeiro-ministro manifestou publicamente "uma grande preocupação com a possibilidade de a aprovação das propostas de alteração orçamental da Direita e do PCP e Bloco de Esquerda, por voto convergente de uma e outros, arruinar a proposta governamental", fazendo disparar o défice e a dívida pública. E, de acordo com Vital Moreira, “tem razão para isso”.
No seu entendimento, “há boas razões para condenar o despesismo oportunista do CDS e do PSD, que contraria os seus protestos de disciplina e de rigor orçamental, quando estavam no Governo”. Porém, realça o autor do blogue ‘Causa Nossa’, “as suas propostas só poderão ser aprovadas se não forem contrariadas pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP”.
São estes que, como advoga, “como parte dos acordos com o PS, têm obrigação de impedir o triunfo da Direita, em vez de se juntarem a ela para derrotarem o Governo, numa questão que põe em causa a viabilidade das contas públicas para o próximo ano e o cumprimento das obrigações do país perante a União”.
Afinal, acrescenta, “em vez da pretensa ‘maioria parlamentar’ das Esquerdas, de que alguns se ufanaram, o que pode estar à vista é a demonstração da incontornável condição minoritária do Governo, à mercê de uma gravíssima derrota às mãos de uma convergência sem escrúpulos políticos entre uma oposição de Direita irresponsável e o aventureirismo dos supostos aliados do PS à sua Esquerda”.
Vital Moreira nota ainda que já argumentou várias vezes que a Geringonça é uma solução governativa demasiado onerosa em termos orçamentais, “só possível em tempos de ‘vacas gordas’ orçamentais, como os que se têm vivido, mesmo assim à custa de forte contração do investimento público".
Parece, no entanto, que no último orçamento, à vista das eleições do próximo ano, a "Esquerda da Esquerda" resolveu elevar a parada em termos incomportáveis, podendo vir a contar com a cooperação da oposição de Direita, que agradece a oportunidade”.
Ora, “bem vistas as coisas”, na opinião de Vital Moreira, “estão habituados a entender-se contra o PS, quando lhes convém. Já foi assim em 2011 e noutras situações anteriores de governo minoritário do PS. Só que, antes, não havia um acordo à Esquerda quanto à solução governativa, saudada como solução exemplar...”
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