Sociedade tem de ser "preparada" na transição para a era digital
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, instou hoje os partidos de centro-direita europeus a assegurarem que ninguém é deixado para trás na era digital, destacando a importância da criação de empregos "verdes" e "azuis".
© Global Imagens
Política Assunção Cristas
Perante os delegados do Partido Popular Europeu (PPE), reunidos em Helsínquia para eleger o seu candidato à presidência da Comissão Europeia no quadro das próximas eleições europeias, Assunção Cristas 'aventurou-se' na apresentação de uma sugestão de resposta às oportunidades criadas pela era digital, na qual "ninguém fique para trás".
"Como poderemos tirar vantagem da inteligência artificial e da inovação, ao mesmo tempo que impedimos uma rutura social? No meu ponto de vista, de três maneiras: preparando a sociedade para uma diferente perspetiva de educação [...], antecipando novas áreas de criação de emprego e antecipando um quadro regulamentar que inclua uma dimensão ética", enumerou.
Na sua intervenção no painel 'Prosperidade para todos -- mais crescimento e empregos', a líder centrista defendeu que é "particularmente relevante" para os partidos integrantes do PPE assumirem "muito claramente" que a transição para a era digital não deixa ninguém para trás e que a ética é "a essência" do movimento da família de centro-direita.
"Temos um grande desafio em termos globais, mas também ao nível europeu que é o ambiente e as alterações climáticas. Construir novos empregos relacionados com a mitigação das alterações climáticas requer muita investigação, esforços conjuntos e pesquisas. Empregos verdes continuam a ser uma parte importante dos empregos do futuro. Não os conhecemos ainda, temos de inventá-los, e isso consegue-se através da ciência e da investigação", sustentou.
Assunção Cristas usou ainda a proveniência de um país atlântico para acentuar a importância dos empregos "azuis", lembrando que as possibilidades são muito vastas na área dos oceanos.
"Gostaria também de sublinhar que o outro grande desafio para a Europa é a demografia. Como família europeia, deveríamos ajudar as pessoas a terem condições para ter mais filhos e em Portugal as pessoas querem tê-los", notou.
A líder centrista apontou ainda o problema das sociedades envelhecidas, indicando que apesar da inteligência artificial poder criar mais possibilidades de assistência aos mais velhos, não conseguirá substituir o contacto humano.
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