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“A Direita não perdoa o bom relacionamento entre Costa e Marcelo"

Carlos César acusa os partidos de direita de estarem a utilizar o caso de Tancos para “perturbar a relação” entre o primeiro-ministro e o Presidente da República.

“A Direita não perdoa o bom relacionamento entre Costa e Marcelo"
Notícias ao Minuto

23:00 - 06/11/18 por Natacha Nunes Costa

Política Carlos César

Carlos César e Pedro Santana Lopes estiveram, esta terça-feira, em mais um frente-a-frente na SIC Notícias. O primeiro tema da análise dos políticos foi a alegada tensão entre Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa depois de o primeiro-ministro ter dito que o Presidente da República “não se tem cansado de expressar publicamente a sua ansiedade”.

Após estas palavras foram muitos os que acusaram Costa de estar a apontar o dedo a Marcelo Rebelo Sousa, o que Carlos César fez questão de desmentir, no espaço de comentário político desta noite, acusando a direita de estar a tentar utilizar o roubo de Tancos para “perturbar a relação” entre o primeiro-ministro e o Presidente da República.

“O que tem acontecido é que a Direita em Portugal não perdoa o bom relacionamento entre o primeiro-ministro, o Governo e o Presidente da República. Sente uma enorme inconformidade na comodidade dessas relações. E, aliás, muitas das declarações que têm sido proferidas e das suspeitas que têm sido lançadas têm o objetivo de prejudicar a relação entre o Executivo e o Chefe de Estado”, afirma Carlos César.

Para o líder do PS o “bom, estável e cordial" relacionamento entre as duas figuras de Estado não foi afetado e o que importa “para o Presidente da República, para o Governo e para todos nós” é descobrir “rapidamente” os autores do roubo de material de guerra do paiol de Tancos e esclarecer os “eventuais encobrimentos e as eventuais cumplicidades” do mesmo.

Já para Pedro Santana Lopes, as palavras de António Costa não são aceitáveis e “foram desajustadas e exageradas” e mais, para o fundador do partido Aliança, não há dúvidas de que existe uma crispação entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

“Houve aqui um problema a nível de funcionamento de Estado que transmite e exterioriza alguma degradação preocupante e, naturalmente, os mais altos responsáveis do Estado transmitem incómodo porque o assunto não está esclarecido”, explica Santana Lopes relembrando que o problema “central” surgiu quando se veio provar que afinal o gabinete do ministro da Defesa sabia do encobrimento do aparecimento suspeito das armas de Tancos.

Em jeito de conclusão, Santana Lopes admite que António Costa não tenha pensado nas polémicas declarações que fez sobre Marcelo, mas garante que o primeiro-ministro é o principal culpado das acusações que tem sofrido nos últimos dias.

“Todos temos frases infelizes. Eu considero a frase do primeiro-ministro sobre a ansiedade despropositada. Até admito que tenha saído, mas foi essa frase que deu azo a que se fale de um clima de tensão entre Costa e Marcelo”, concluiu.

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