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Bloco quer explicações do Governo sobre praxes abusivas em Coimbra
O grupo parlamentar bloquista endereçou um conjunto de questões ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e quer saber como o Governo pretende prevenir e evitar a repetição destas situações.
© Global Imagens
Política Ensino Superior
Na sequência da denúncia de sete alunas que alegam ter sido vítimas de praxes abusivas na Escola Superior de Educação de Coimbra, no passado dia 13 de setembro, o Bloco de Esquerda já enviou um conjunto de quatro questões ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
No requerimento, o Bloco refere que esta praxe terá incluído “consumo forçado de álcool, despir alguns dos presentes, arremesso de gelo, havendo estudantes que quiseram abandonar o local, mas que foram forçados a permanecer. Como sucede com frequência, a praxe foi particularmente agressiva e humilhante para com estudantes do sexo feminino”.
Tendo em conta esta denúncia, o grupo parlamentar dos bloquistas coloca as seguintes questões ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. “Tem o Governo conhecimento destes acontecimentos? O que pretende fazer em relação ao esclarecimento e eventual punição desta prática? De que forma pretende prevenir e evitar acontecimentos semelhantes no futuro? Dado que este grupo de praxe alega ser contra “praxes abusivas” e provando-se que as queixas têm um fundo de verdade, qual é a posição do MCTES em relação ao limite das praxes? Existem praxes abusivas e praxes aceitáveis?”.
Este caso foi exposto numa reportagem da TVI 24. A denúncia das alunas foi anónima, algo que o Bloco diz ser “demonstrativo de um clima de coação que protege estas práticas”. A direção da ESEC já terá levantado um inquérito a este caso.
O responsável máximo pela praxe na ESEC confirmou à TVI 24 que teve conhecimento da denúncia, mas revelou estar de “consciência tranquila”. A Comissão de Praxe da ESEC frisa ser contra “praxes abusivas”, como o Bloco refere no requerimento enviado.
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