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"É politicamente correto dizer não à prospeção de petróleo. Mas porquê?"

Cerca de uma semana depois de o Tribunal Constitucional ter aprovado a criação do partido Aliança, Pedro Santana Lopes deu, esta quarta-feira, uma entrevista à RTP na qual abordou os seus objetivos com a criação do partido, mostrando-se ainda contra decisões governamentais do Executivo de António Costa.

"É politicamente correto dizer não à prospeção de petróleo. Mas porquê?"
Notícias ao Minuto

23:56 - 31/10/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política Santana Lopes

Pedro Santana Lopes define o Aliança como um “partido liberal, personalista e solidário”.

Liberal, explicou, porque defende uma mudança na organização económica que passe por um “reconhecimento da iniciativa privada, do mérito e da promoção do valor e realização das pessoas”.

A nova força política é também personalista na medida em que defende o “respeito pela dignidade humana, pelo valor da vida” e é, por fim, solidário com os que menos têm.

E, a este respeito, Pedro Santana Lopes garantiu, a título de exemplo, que o “Aliança nunca aprovaria uma lei de manuais escolares gratuitos para todos”. Porquê? Porque, no entender do agora ex-social-democrata, o “Estado tem que ser solidário com quem menos tem e não dar tudo gratuito a toda a gente, até porque não tem dinheiro para isso”.

Nesta senda, Santana Lopes acusa o PSD e o CDS de não se terem insurgido contra esta proposta da maioria e defende-se dizendo que o seu partido “não surge para dizer sim a tudo, para ser mal-educado, para só ver o mal nos nossos adversários ou então calarmo-nos porque não cai bem”.

Esta última característica prende-se, referiu, com as “modas” que têm atingido a sociedade, desde a classe judicial à classe política.

Mais especificamente, Santana Lopes referiu-se à prospeção de petróleo na costa portuguesa que foi chumbada.

“É politicamente correto dizer que não pode haver prospeção de petróleo na costa portuguesa. Mas porquê?”, questiona para de seguida apresentar novas questões que, na sua opinião, não foram devidamente abordadas: “Ambientalmente, os prejuízos são assim tão maiores do que aqueles que são causados pela carência, pela nossa dependência energética? E os investimentos que temos de fazer? E os materiais que temos de utilizar?”.

E, embora tenha noção de que estas não são afirmações politicamente corretas, Santana Lopes garante que o Aliança é um “partido do lado do ambiente e da defesa dos recursos naturais” e destaca aquela que é a sua mensagem: “Eu não estou a afirmar que devemos generalizar a prospeção de petróleo. O que mais impressão me faz são os preconceitos, o dizermos logo à partida ‘não’. Se aparece um grupo a fazer barulho, a moda, desde o poder judicial ao político, é ir atrás dessas modas”.

Para finalizar, Santana Lopes destacou que os seus objetivos são a “redução da carga fiscal” porque “ninguém deve ser obrigado a pagar do que metade do que recebe pelo seu rendimento para o Estado” e também “reponderar com os nossos credores os termos e prazos da dívida”.

“Um líder não tem que ir à Europa pedir a bênção, tem que pedir a bênção cá e ir à Europa bater o pé”, rematou.

Na mesma entrevista, Santana Lopes revelou o nome de algumas pessoas que o acompanham no partido, como é o caso de um antigo ministro do governo de Durão Barroso.

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