Será proposta "abrangência territorial" da redução do preço dos passes
A coordenadora do BE defendeu hoje a aposta numa "verdadeira abrangência territorial" da redução do preço dos passes, com a articulação entre comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas para incluir viagens pendulares.
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Política OE2019
Catarina Martins começou o dia com uma viagem de autocarro entre Mafra e Lisboa para mostrar que, se a redução do preço dos passes na Área Metropolitana de Lisboa acontecer com as metas que foram anunciadas no âmbito do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), isto "significa uma redução de 100 euros por mês no custo do transporte".
"É uma medida muito importante, mas é uma medida que, do nosso ponto de vista, pode ficar melhor e deve ser estendida porque o programa de redução das tarifas de transporte prevê um programa a que se candidatam as áreas metropolitanas ou que se candidatam as comunidades intermunicipais", defendeu.
Na opinião da coordenadora do BE é preciso ir mais longe e aplicar "verdadeiramente a todo o território" uma medida que é importante para recuperar rendimento das famílias em Portugal.
Além disso, acrescentou, é preciso que se tenha "em consideração todas as viagens pendulares que são feitas, ou seja, pessoas que todos os dias vão e vêm pata trabalhar e para estudar".
Assim, na especialidade, o BE "vai propor que seja possível que o programa de redução das tarifas seja para áreas metropolitanas, para comunidades intermunicipais, mas também para articulação entre comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas para garantir uma verdadeira abrangência territorial desta medida".
"E, tendo em conta tanto o que já disse o PS sobre a necessidade desta medida de redução de passes ser para todo o país, como o que a direita também tem exigido que seja para todo o país, temos uma grande expectativa que esta nossa proposta possa ser aprovada", adiantou.
Questionada sobre o custo deste alargamento, Catarina Martins sublinhou que esta "é uma medida muito benéfica para a economia".
"Esta medida é paga pelo fundo da taxa de carbono e, portanto, tem aqui latitude orçamental para poder responder efetivamente a todo o país. Não nos parece que esse seja o problema", justificou.
Na terça-feira, numa intervenção no debate na generalidade do OE2019, o ministro do Ambiente e da Transição Energética defendeu a redução do preço dos passes para todo o país, mas admitiu que será impossível essa baixa antes de abril de 2019 para permitir um acordo entre transportadoras e autarquias.
"Não é possível ter uma sociedade em que uma família opte por usar transporte individual por este ser mais barato" do que os transportes públicos, afirmou Matos Fernandes.
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