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"É importante que se esclareça tudo o que aconteceu" em Tancos

A coordenadora do Bloco, Catarina Martins, insistiu hoje que, em relação ao furto e reaparecimento das armas de Tancos, "é importante que se esclareça tudo o que aconteceu" e que esses mesmos "esclarecimentos sejam prestados a todo o país".

"É importante que se esclareça tudo o que aconteceu" em Tancos
Notícias ao Minuto

13:05 - 31/10/18 por Lusa

Política Catarina Martins

Em declarações aos jornalistas antes de uma viagem de autocarro entre Mafra e Lisboa, Catarina Martins foi questionada pelos jornalistas sobre o facto de a listagem do material de guerra furtado em Tancos recuperado pela Polícia Judiciária Militar em outubro de 2017, enviada à comissão parlamentar de Defesa, confirmar que falta recuperar cinco granadas e mais de 30 cargas de explosivos.

"Para o Bloco de Esquerda é importante que se esclareça tudo o que aconteceu e que esses esclarecimentos sejam prestados a todo o país, sem prejuízo, naturalmente, da investigação que está em curso e com respeito pelo segredo de justiça", insistiu.

Sobre o facto de o presidente da comissão de Defesa Nacional, Marco António Costa, ter solicitado, no início de outubro, uma aclaração à Procuradoria-Geral da República quanto à questão do segredo de Justiça, para decidir com que regras poderão ser consultados os documentos que, para além de serem confidenciais, se referem a um processo em segredo de Justiça, a coordenadora bloquista respondeu apenas que "o presidente da comissão fez uma avaliação sobre dados que poderiam estar em segredo de justiça".

"Como sabem há uma comissão de inquérito. As comissões de inquérito têm deveres de confidencialidade e de reserva", acrescentou.

A informação sobre a lista do material recuperado consta de um documento, a que a Lusa teve acesso na terça-feira, enviado pelo Ministério Público à comissão parlamentar de Defesa Nacional, que tinha solicitado à Procuradoria as listas do material furtado dos paióis de Tancos e as listas do que efetivamente foi recuperado.

Segundo o documento, a PJM deu também conta ao Ministério Público de que tinham sido recuperados "a mais", em relação à listagem do material furtado, "136 velas PE4A" (explosivos).

Em 31 de outubro do ano passado, o ex-chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, tinha revelado que entre o material encontrado pela PJM estava uma caixa de petardos "a mais".

No documento enviado ao parlamento, o procurador João de Melo esclarece que "nada obsta a que seja divulgada" pelos deputados "apenas a informação que consta nas listagens".

"Considerando que parte da informação já foi divulgado em meios de comunicação social, com base num acórdão a que alguns jornalistas terão tido acesso, entendemos que neste momento nenhum prejuízo causa à investigação a confirmação dos dados objetivos conhecidos de tais listagens", é referido no documento.

Para além das listagens do material furtado participado pela PJM em 29 de junho de 2017, a Procuradoria-Geral da República enviou ao parlamento outros elementos do processo, mas entendeu que sobre esses documentos "deve ser mantido o segredo de justiça" por quem os consultar.

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