"Não estamos abaixo da média europeia em mais nada que não seja pagar"
Pedro Santana Lopes e Carlos César comentaram, esta terça-feira à noite, o Orçamento do Estado para o próximo ano que foi hoje aprovado na generalidade pelos partidos de esquerda e com o voto contra do PSD e do CDS.
© Global Imagens
Política Santana Lopes
Para Pedro Santana Lopes a “opção” do Governo de “privilegiar o aumento salarial dos funcionários públicos e das pensões contrasta com outra coisa que podia ter sido feita e que era aumentar toda a margem orçamental disponível para reduzir a carga fiscal, especialmente sobre os rendimentos do trabalho e das empresas”.
Mas as críticas não se ficaram por aqui. Para o fundador do partido Aliança, a decisão de baixar o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) apenas para a gasolina é um “incentivo ao uso do carro particular” e, mais ainda, um “malabarismo orçamental”, pois “reduz-se o ISP, mas entra a taxa de carbono”.
Face a estas acusações, Carlos César explicou que a escolha de reduzir o imposto apenas para a gasolina prende-se com o “facto de, no caso do gasóleo, os preços praticados e a intensidade fiscal associada estarem abaixo da média europeia, enquanto que na gasolina estava acima”.
“O que se fez com esta redução [que se materializa em menos três cêntimos por litro] foi justamente colocar ao nível da média europeia”, afirmou o presidente do Partido Socialista.
Na resposta a esta explicação, Pedro Santana Lopes lamentou que essa preocupação apenas exista no que diz respeito aos pagamentos feitos pelos contribuintes portugueses.
“O problema é que nós não estamos na média europeia em mais nada a não ser para pagar”, acusou Santana Lopes, lembrando que “na competitividade a economia está abaixo” e defendendo que se devia estar a “olhar para os custos que as empresas têm e procurar baixá-los”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com