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Bloco questiona: Resultados económicos aconteceram "com ou apesar do PS?"

O BE considerou hoje que "paira no ar" a dúvida se os resultados económicos desde 2015 "aconteceram com o PS ou apesar do PS", cuja grande virtude que "demasiadas vezes" lhe apontam é ser "o travão destas escolhas orçamentais".

Bloco questiona: Resultados económicos aconteceram "com ou apesar do PS?"
Notícias ao Minuto

13:12 - 30/10/18 por Lusa

Política Pedro Filipe Soares

O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, interveio hoje no segundo dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), elegendo como "os grandes vencedores destes últimos anos os eleitores e eleitoras em Portugal que disseram que havia uma alternativa à desistência do PSD e do CDS, mas também alguma apatia do PS", considerando que a grande mudança resultou de se ter dado "à esquerda a capacidade de influenciar nas escolhas orçamentais".

"Quando nós olhamos para os resultados económicos desde 2015, há uma dúvida que paira no ar: é se eles aconteceram com o PS ou apesar do PS", sustentou.

Na opinião de Pedro Filipe Soares, ouve-se "demasiadas vezes dizer" que "a grande virtude do PS é ser o ABS, o travão destas escolhas orçamentais e que é nesse travão que está a virtude".

"Ora é exatamente ao contrário. Sempre que nós acreditamos que era possível uma política de redistribuição de rendimentos, ela ajudou as pessoas, o país e as contas públicas. E é por isso que esta diferença nas perspetivas é o repto que agora é feito para este OE2019", salientou.

O líder parlamentar do BE voltou a criticar a existência de "um orçamento para parlamento ver e outro para comissão europeia avaliar", considerando que "isso não é sério de se fazer".

"Sabemos que cativações são instrumentos de gestão orçamental. Sempre o soubemos e os recordistas da direita mostraram isso. Sabemos que a suborçamentação é o pecado de diversos governos e, novamente, a direita foi a recordista nessa suborçamentação", condenou.

No entanto, Pedro Filipe Soares disse que aquilo que não percebe "é que quem se conseguiu agora convencer daquilo que é o contrário do que defendia em 2015", continua "a achar que não deve dar os passos necessários para levar esta recuperação até ao final".

"Nós desperdiçamos 2.000 milhões de euros de recuperação económica que não fomos capazes de introduzir no SNS, na escola pública porque o senhor ministro das Finanças preferiu ter um défice para Bruxelas ver e não um orçamento para responder às prioridades do país", condenou.

Agora que "começa o tempo da Assembleia da República discutir as suas ideias sobre o OE2019", o líder parlamentar do BE deixou claro que para o partido não está "fechada a proposta sobre a energia, a pasta das longas carreiras contributivas, nem a matéria do IVA dos espetáculos".

"Em cada uma destas propostas não é o Governo que vai votar, são deputadas e deputados, e se há alguma coisa que o país aprendeu em 2015 é que quem de facto nesta conjuntura define o resultado da política são as deputadas e os deputados deste parlamento", lembrou.

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