Teceu-se "uma teia que impede povos de decidirem os seus destinos"
O comunista João Ferreira reflete sobre a rejeição do orçamento italiano por parte da Comissão Europeia.
© Global Imagens
Política João Ferreira
Bruxelas chumbou, esta segunda-feira, o orçamento italiano, tornando-se este país o primeiro a ver o seu projeto orçamental receber luz vermelha por parte da Comissão Europeia.
Ora, as consequências desta situação são, na ótica de João Ferreira, “difíceis de prever por inteiro. Mas sabemos que a partir daqui foi cruzada uma linha”.
Para o comunista, o caminho que permitiu chegar a esta decisão foi “laboriosamente construído nos últimos anos. Colaboracionistas diversos - em que se incluem, no plano nacional, o PS, o PSD e o CDS - foram tecendo a teia que visa impedir os povos de decidirem livremente dos seus destinos”. Foi, acrescenta, instituído “o neoliberalismo como doutrina única admissível. Fazendo-o, entre outras consequências, estenderam o tapete à extrema-direita. Continuam a alimentá-la, como se vê. Ser-lhes-á útil, senão necessária”.
E este cenário manter-se-á, no seu entendimento, “até ao dia em que os povos tomem verdadeiramente nas suas mãos o seu destino. Porque a soberania não se perde, ou se exerce ou não se exerce. Fazendo prevalecer os seus direitos, interesses e aspirações sobre regras ilegítimas, que não caucionaram, os povos saberão deitar por terra os constrangimentos que a União Europeia impõe ao seu desenvolvimento soberano”. E desta forma “derrotarão um processo de integração esgotado, sem solução para os problemas que ele próprio criou e que alimenta. Sem o saberem, já são passado”, escreve na sua página oficial de Facebook.
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