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CDS critica que OE seja conhecido "com detalhe" antes de ser apresentado

Cecília Meireles considera que o Governo tornou públicas as "medidas simpáticas" e que as surpresas podem estar "nas letras pequeninas". Documento vai ser apresentado esta segunda-feira.

CDS critica que OE seja conhecido "com detalhe" antes de ser apresentado
Notícias ao Minuto

17:08 - 15/10/18 por Melissa Lopes

Política Parlamento

O CDS, pela voz de Cecília Meireles, criticou esta segunda-feira o facto de o Orçamento do Estado (OE) ainda não ter sido entregue no Parlamento e já ser conhecido “com muito detalhe”. Apesar disso, em declarações à SIC Notícias, a deputada disse que encontrará “com certeza alguma virtude” neste OE. Todavia, apontou, “não encontramos é as políticas de que Portugal precisa”.

A deputada centrista considera que o Governo “está a gerir” a situação tornando públicas as “partes mais distributivas”, ou seja, “as medidas simpáticas”, deixando para depois as medidas que explicam “onde é que o orçamento vai buscar recursos e o dinheiro”.

Mas, antevê o CDS que venham aí más notícias? “Não lhe sei dizer o que é que vai acontecer”, atirou a deputada que fez questão de referir que no ano passado a carga fiscal aumentou, ainda que o Governo o negue.

Para o CDS, o aumento da carga fiscal do ano passado “é um facto” e não um argumento. “O que o Governo fez foi, por um lado dar e distribuir, e depois ir buscar a impostos indiretos”, frisou, dando como exemplo a sobretaxa do gasóleo e da gasolina.

Sobre como o Governo irá arranjar dinheiro para as medidas que já anunciou, nomeadamente os 50 milhões de euros para os passes sociais, a deputada entende que é o Executivo quem tem de responder, uma vez que essas são as questões “essenciais” que são ainda desconhecidas.

Da parte do CDS, que irá votar contra este OE, houve o “cuidado de explicar quais eram as suas escolhas” e “o que lhe parecia essencial”. “Por exemplo, desde uma aposta na economia e uma aposta na iniciativa privada”, disse, lamentando que para este Governo e para esta maioria das esquerdas unidas, os trabalhadores por conta própria “sejam sempre os parentes pobres do Orçamento”.

Em todo o caso, Cecília Meireles “gostava de ler [o documento primeiro]”. “Às vezes as surpresas estão nas letras pequeninas”, sublinhou.

A terminar as declarações, a deputada centrista defendeu que era “importante” que o as políticas do Governo “tivessem sido políticas de verdade” e acusou o Executivo de “austeridade dissimulada”, o que torna “muito pobre o debate político”. No fundo, acusou ainda Cecília Meireles, a política orçamental não é discutida no Parlamento mas sim no gabinete do ministro Mário Centeno.

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