"A presença no espaço público de pessoas fora do armário é determinante"
Isabel Moreira esclarece que Graça Fonseca foi escolhida para a pasta da Cultura devido à "competência, rigor, inteligência e seriedade" mas sublinha que “não perceber a importância de ser a primeira vez que temos uma ministra que é lésbica fora do armário é não perceber nada”.
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Política Isabel Moreira
Depois de uma publicação no Facebook a sublinhar a “relevância enorme de Graça Fonseca ser a primeira ministra lésbica fora do armário em Portugal”, a deputada socialista Isabel Moreira fez uma nova partilha em que esclarece que a nova ministra da Cultura “foi escolhida pela sua competência”, uma ressalva, diz ironicamente, "que não tem de se fazer quando falamos de homens".
Destacando a “competência, rigor, inteligência e seriedade” de Graça Fonseca, Isabel Moreira, cuja primeira publicação gerou várias críticas, reiterou que “não perceber a importância de ser a primeira vez que temos uma ministra que é lésbica fora do armário é não perceber nada”.
A deputada da bancada socialista alertou ainda para a “necessidade urgente de mais representação no Governo e no Parlamento de pessoas negras”, assim como para a “necessidade de termos mais mulheres - obviamente competentes, ressalva que não tem de se fazer quando falamos de homens - nos mesmos lugares”, congratulando-se com a nomeação de Marta Temido para a pasta da Saúde.
Na mesma publicação, Isabel Moreira justifica ainda a importância de, pela primeira vez, Portugal ter ma ministra que se assume como lésbica. “A visibilidade das categorias historicamente discriminadas é essencial. E a orientação sexual é particularmente invisível, pelo que a presença no espaço público de pessoas fora do armário é determinante”, rematou.
Este domingo, recorde-se, António Costa anunciou uma remodelação no Governo. João Gomes Cravinho substitui José Azeredo Lopes na Defesa, Pedro Siza Vieira entra para o lugar de Manuel Caldeira Cabral na Economia, Marta Temido substitui Adalberto Campos Fernandes na Saúde, e Graça Fonseca toma o lugar de Luís Castro Mendes na Cultura.
Em agosto de 2017, numa entrevista ao Diário de Notícias, a então secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, assumiu ser homossexual, a primeira vez que uma governante o fez em Portugal.
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