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Demissão de Azeredo "é tardia, inevitável e muito reveladora"

CDS lembra que foi o primeiro a pedir a demissão de Azeredo Lopes.

Demissão de Azeredo "é tardia, inevitável e muito reveladora"
Notícias ao Minuto

18:43 - 12/10/18 por Melissa Lopes

Política João Almeida

Os centristas consideram a demissão do ministro da Defesa “tardia, inevitável e muito reveladora” e explicam porquê pela voz de João Almeida. 

“É tardia porque se percebeu desde o início, desde o momento em que o agora ex-ministro da Defesa desvalorizou aquilo que se passou em Tancos que era impossível manter em funções um ministro que, perante ato tão grave, tinha tido uma reação tão despropositada”, explicou João Almeida aos jornalistas, no Parlamento. 

Essa reação, prosseguiu o centrista, “chegou até a entrar em contradição entre outros membros do Governo que assumiram a gravidade do que tinha acontecido em Tancos”.

No entender do CDS, a demissão é tardia também tardia porque “passado todo este tempo ninguém ignora o desgaste que aconteceu à imagem ministro da Defesa e, eventualmente por arrasto, do Governo". 

Mas, o que preocupa mais o CDS - “e é de uma gravidade extrema que num ano em que Portugal vai até do ponto de vista externo assumir responsabilidades importantes ao nível militar" – é a “degradação que houve da instituição militar”.

“É gravíssimo que esta demissão tenha demorado tanto tempo, arrastando atrás de si todo o prestígio das Forças Armadas portuguesas que não podiam ter estado sujeitas a este processo de degradação”, frisou.

Por fim, João Almeida considerou a demissão "muito reveladora" porque, há dois dias, no debate quinzenal, a líder do CDS, Assunção Cristas, "perguntou direta e objetivamente ao primeiro-ministro se mantinha a confiança" no ministro da Defesa e que, na resposta, António Costa disse que  "obviamente que mantinha" [a confiança] e que ainda "acusou o CDS de estar a quebrar um consenso que existia sobre as Forças Armadas e a Defesa nacional há mais de 40 anos". 

Na carta de demissão que enviou ao primeiro-ministro, sublinhe-se, Azeredo Lopes explicou que saía do Governo para evitar que as Forças Armadas sejam “desgastadas pelo ataque político” e pelas “acusações” de que disse estar a ser alvo por causa do processo de Tancos.

"Não podia, e digo-o de forma sentida, deixar que, no que de mim dependesse, as mesmas Forças Armadas fossem desgastadas pelo ataque político ao ministro que as tutela”, referiu Azeredo Lopes, na carta enviada ao primeiro-ministro e a que a agência Lusa teve acesso.

O ministro cessante voltou a negar que tenha tido conhecimento, “direto ou indireto, sobre uma operação em que o encobrimento se terá destinado a proteger o, ou um dos, autores do furto”. 

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