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"Se fosse primeiro-ministro, Azeredo já teria saído até pelo próprio pé"

O líder 'laranja' considera que a situação do ministro da Defesa já se arrastou demasiado.

"Se fosse primeiro-ministro, Azeredo já teria saído até pelo próprio pé"
Notícias ao Minuto

12:10 - 12/10/18 por Andrea Pinto

Política Rui Rio

De visita à cidade de Trancoso, na Guarda, onde inaugurou a sede do partido, Rui Rio foi confrontado, pelos jornalistas ali presentes, com diversas questões, nomeadamente as medidas já anunciadas sobre o Orçamento do Estado, mas também sobre o estado de (des)união interna no PSD e ainda a polémica que envolve o ministro da Defesa, Azeredo Lopes.

Quanto a este último tema, o líder do PSD não hesitou em afirmar que se fosse ele "o primeiro-ministro, o ministro da Defesa já tinha saído".

"Se eu fosse primeiro-ministro não tolerava uma situação destas que é insustentável por diversas razões", começou por dizer Rui Rio, explicando depois que "o ministro da Defesa está fragilizado politicamente e não tem capacidade para se impor perante as Forças Armadas que requerem alguém com peso politico e respeitabilidade".

Considerando que Azeredo Lopes "está fragilizado", o líder social-democrata considerou que o próprio já devia ter tomado a decisão de abandonar o Governo. "Penso até que com uma conversa a dois, ele [o ministro] já teria saído pelo seu próprio pé", atirou, lembrando, no entanto, que esta não é uma responsabilidade sua.

Se Azeredo está a braços com polémicas, Rio não está melhor

Mas se a situação que envolve o ministro da Defesa incomoda, a de Rui Rio não parece muito melhor. O líder do PSD está a ser alvo de contestação por parte de um grupo de deputados sociais-democratas, com Teresa Morais, a denunciar que "a maioria dos deputados [do PSD estão] arredados do combate político”. Sobre este alegado "silenciamento", Rui Rio admitiu que não leu o artigo publicado esta sexta-feira pela deputada, e que: "Nem vou responder".

"A minha posição é de valorizar aquilo que deve ser valorizado no quadro de uma alternativa de governação do pais. É para isso que estou aqui. Não vou responder a coisas laterais que desfocam aquilo que é importante", atirou, considerando que a sua missão é "procurar ajudar os problemas do pais com uma solução alternativa", embora admita que "convém que o partido esteja empenhado e unido, com algumas diferenças que são normais".

Rui Rio demonstrou, ainda, alguma “preocupação” para com as medidas do Orçamento do Estado para o próximo ano que têm vindo a público nos últimos dias. Isto porque considera que o Orçamento deveria ser apresentado, como é habitual, “com solenidade própria no dia 15 de Outubro”.

Ao invés, aponta, “vamos vendo o Bloco ou o PCP ou o PS deixando cair medidas, que podem ser verdades ou não, mas todas em cariz de campanha eleitoral”.

“Isto é francamente negativo. Porque o OE, seja em ano eleitoral ou não, deve ser com sentido de responsabilidade", criticou, considerando que parece que estamos numa "competição, a ver quem dá mais".

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