Jerónimo e Costa concordam: Atual política foi "maior derrota da Direita"
O secretário-geral comunista e o primeiro-ministro concordaram hoje que a política de reposição de rendimentos e direitos em Portugal foi "a maior derrota que a direita teve nesta legislatura".
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Política Debate quinzenal
"A vida mostrou que nesta nova fase da vida política nacional, a política de reposição de rendimentos e direitos foi fator de crescimento económico e do emprego, que derrotou, claramente, toda aquela tese das inevitabilidades com que durante quatro anos nos massacraram nesse passado recente", afirmou Jerónimo de Sousa, no debate parlamentar quinzenal com o primeiro-ministro.
António Costa considerou que "foi possível demonstrar que, com o aumento de rendimentos e reposição de direitos, as empresas não perderam competitividade e, pelo contrário, têm ganho quota de mercado e aumentado as exportações".
"Acho que essa é mesmo a maior derrota que a direita teve nesta legislatura. Foi ficar, de uma vez por todas, demonstrado que o modelo de desenvolvimento que tinha concebido em que a produtividade das empresas e a competitividade da economia assentavam no empobrecimento coletivo e na perda de direitos era um caminho que só nos conduzia para o fundo, a regressão social e destruição de direitos", disse o chefe do Governo.
Para o primeiro-ministro, "a economia de futuro e o futuro destas empresas dependem de cada vez terem trabalhadores mais qualificados", exigindo-se "investir na qualificação de recursos humanos e pagar-lhes salários que permitam atraí-los e fixá-los, precisamente, o contrário do que a direita dizia".
O líder comunista alertou o chefe do executivo para um "problema de fundo, um imperativo, a necessidade do aumento da produção nacional", referindo o caso dos pequenos e médios produtores de leite, além do atraso e entraves na integração de trabalhadores precários no Estado e da falta de funcionários nos serviços públicos, designadamente na Segurança Social.
António Costa enumerou uma série de medidas já adotadas pelo Governo para auxiliar o setor leiteiro e referiu que o preço pago aos produtores por cada litro era de 0,26/0,27 cêntimos no início e cifra-se agora nos 0,30/0,31 cêntimos.
Sobre o Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), o primeiro-ministro reconheceu uma "discrepância" num processo legal complexo que o levou já a pedir esclarecimentos sobre uma situação intrigante: há um de dois problemas, ou pessoas que correspondem a necessidades efetivas e não estão a ser contratadas e ou há responsabilidades de dirigentes que contrataram pessoas de que não necessitavam.
O chefe do Governo garantiu a "determinação" do executivo para "avançar para o preenchimento de muitas das lacunas que existem na administração pública", recordando que, "logo no início de funções, foram readmitidos cerca de 600 trabalhadores da Segurança Social que o anterior Governo tinha colocado em processo de requalificação", além de estar aberto agora um concurso para contratação de mais 200 pessoas, existindo mais de 4.000 candidaturas para aqueles lugares, o que implica uma seleção morosa.
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