"Faz-se especulação imobiliária com casas construídas com donativos"
A ex-vice-presidente do Partido Social Democrata continua a mostrar a sua revolta e indignação com tudo o que tem acontecido em Pedrógão Grande e que diz respeito à reconstrução das casas destruídas pelos incêndios do verão do ano passado.
© Leonardo Negrão / Global Imagens
Política Teresa Morais
Em reação à notícia de que vai ser levada a cabo uma alteração à lei para que as casas que estão a ser reconstruídas em Pedrógão com recurso a fundos não possam ser vendidas num período de 10 anos, Teresa Morais considera que é uma boa notícia que peca apenas por ser tardia.
A antiga ministra da Cultura desvaloriza a “tamanha novidade” porque, sublinha, o que “aconteceu foi que na legislação produzida em julho de 2017 para ‘regular’ a reconstrução de casas em Pedrógão ninguém se lembrou disto”.
E face a tudo o que tem vindo a ser noticiado, especialmente no que diz respeito à investigação às alegadas fraudes cometidas no acesso aos fundos, Teresa Morais garante que tudo isto só aconteceu por causa da “incompetência do Governo e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro”.
Num texto publicado na sua página de Facebook, a social-democrata explica que esta “incompetência (…) levou a este resultado: como não há período de restrição previsto para a venda, qualquer um que tenha recebido dinheiro para reconstruir, acaba a casa hoje e vende-a amanhã”.
As críticas de Teresa Morais são dirigidas também à presidente da CCDR Centro que, acusa, “vem agora de mansinho falar de uma alteração à lei, mas não diz o resto”.
“É que em Pedrógão o problema está criado e já não há como resolvê-lo. Já só falta que se confirmem os rumores, que correm há muito, de que já há casas destas vendidas a estrangeiros”, refere, acrescentando que tal situação é sinónimo de que se está a “fazer especulação imobiliária com casas construídas com os donativos dos portugueses”.
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