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Tancos: "Azeredo Lopes devia sair ou ser convidado a sair"
Luís Marques Mendes afirmou, no seu espaço de comentário da SIC, que um ministro sob suspeita é um ministro fragilizado e deve colocar os interesses do Estado acima dos seus.
© Global Imagens
Política Marques Mendes
Marques Mendes acredita que "quando um ministro tem sobre si uma suspeita grave" deve ser o primeiro a tomar a decisão de abandonar as suas funções, conforme afiançou este domingo no seu espaço de comentário na SIC.
"Deve fazer aquilo que António Vitorino do PS fez no tempo do governo de António Guterres e aquilo que Miguel Macedo do PSD fez no tempo de Passos Coelho: perante uma suspeita não se agarraram ao lugares e tomaram a iniciativa de sair, não para assumir culpa nenhuma, mas para se defenderem", opinou, sublinhando que estes "colocaram o interesse público acima do interesse pessoal".
Recorde-se que o major Vasco Brazão, ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, disse, no seu depoimento perante o juiz de instrução criminal, que o ministro Azeredo Lopes foi informado no final do ano passado de que a operação policial para a recuperação das armas foi uma encenação.
No entender do comentador, o ministro da Defesa "devia sair ou ser convidado a sair", indicando que "um ministro sob suspeita é um ministro diminuído na sua autoridade e condicionado na sua ação, fragilizado dentro e fora do Governo".
Por outro lado, refere Marques Mendes, as suspeitas que caem sobre Azeredo Lopes, enquanto ministro da Defesa, "não mancham apenas a sua imagem", mas também as Forças Armadas. Uma situação que ficará agravada se o ministro for constituído arguido, acrescenta o social-democrata.
"Seria mais correto e mais digno sair pelo próprio pé", insiste Marques Mendes, que critica a posição do primeiro-ministro. "Acho que António Costa está a gerir este assunto como geriu o caso de Constança Urbano de Sousa. Sempre com a teimosia de fazer de conta que o problema não existe", atirou.
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