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Na pele de António Costa, Rio demitia ministro da Defesa

Rui Rio não pede demissões, mas se fosse primeiro-ministro, e a ser verdade que Azeredo Lopes sabia há meses da forma 'engenhosa' como o material do roubo de Tancos apareceu, o ministro da Defesa "não tinha condições".

Na pele de António Costa, Rio demitia ministro da Defesa
Notícias ao Minuto

22:17 - 04/10/18 por Melissa Lopes

Política Entrevista

Se Rui Rio fosse primeiro-ministro, isto é, se estivesse no lugar de António Costa, o ministro Azeredo Lopes “naturalmente” que não tinha condições para continuar no cargo.

O presidente do PSD, que em entrevista à RTP abordou o tema de Tancos, nomeadamente as últimas notícias que colocam o ministro da Defesa em maus lençóis, considerou o caso "gravíssimo". 

De acordo com o que o Expresso noticiou, saliente-se, o ministro Azeredo Lopes soube, em dezembro, da forma como o material do roubo de Tancos havia sido recuperado, acusações que o próprio já negou.

Apesar de considerar que, a ser verdade o que foi noticiado, o ministro não tem condições para continuar, Rui Rio salienta que não pede a sua demissão, até porque, como o próprio faz questão de referir, não é esse o seu “estilo”. 

“Quem sabe se o ministro deve continuar ou não é o primeiro-ministro”, aponta. Contudo, na pele de António Costa, o líder social-democrata não tem dúvidas de qual seria a sua posição: “Se fosse eu primeiro-ministro, em condições destas, e a ser verdade o que foi noticiado, naturalmente que o ministro não tinha condições [para continuar no cargo]”.

A ser verdade o que terá declarado o major Brazão, de que o ministro terá sabido em dezembro da forma como o material roubado apareceu, é, na visão de Rio, grave. Assim como também considera grave se Azeredo Lopes teve essa informação e não a transmitiu ao primeiro-ministro. “Se eu fosse primeiro-ministro e existisse um ministro que me ocultasse uma coisa destas, não podia continuar”, reforça.

Questionado sobre a razão de o PSD não ter avançado com uma iniciativa, como o CDS fez ao sugerir uma comissão de inquérito, o antigo autarca do Porto esclarece, mais uma vez, que o seu “estilo” não é o de “lançar foguetes” à mínima coisa.

“Não tenho um estilo de oposição que à mínima coisa lança um foguete para o ar e vai a correr atrás para ver o efeito do foguete”, declarou, sublinhando que, com esta posição, não quer “apoiar nem criticar o CDS” e/ou os restantes partidos.

“O meu estilo é de uma forma mais estruturada. Se estou a tomar esta posição um bocado mais firme é em função daquilo que agora se soube hoje [em relação ao ministro].

Ainda sobre Tancos, Rui Rio explicou que afirmou, em setembro, não ter ficado surpreendido com as detenções de elementos da PJ Militar, porque “tinha noção que as coisas eram mais graves do que aquilo que estávamos a ver”. E esclareceu que as informações que tinha não provinham da investigação em si.

“Juntando as pontas, percebia que a investigação já se estava a arrastar há tempo demais, que isto era mais fácil do que parecia”, realçou.

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