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Tancos: Centristas querem avaliar relações entre os militares e polícias

O CDS defende, no pedido de inquérito parlamentar ao furto de armas em Tancos que hoje vai entregar, que se aproveite para se avaliar a articulação entre as Forças Armadas e as forças e serviços de segurança.

Tancos: Centristas querem avaliar relações entre os militares e polícias
Notícias ao Minuto

07:00 - 03/10/18 por Lusa

Política CDS

No texto do projeto de resolução do CDS, a que a Lusa teve acesso, os centristas sugerem que, no inquérito, a ser aprovado no parlamento, seja aproveitado para fazer "uma reflexão e avaliação sobre o funcionamento do Ministério da Defesa Nacional, assim como das formas de articulação entre as Forças Armadas e as diversas forças e serviços de segurança e órgãos de polícia criminal".

Estes órgãos policiais, recorda-se no texto, tem "tutelas dispersas em vários ministérios", como o da Administração Interna e da Justiça.

Esta proposta dos centristas surge na sequência de várias intervenções, tanto do CDS como do PSD, por exemplo, nas audições do ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, no parlamento sobre notícias de alegados problemas de relacionamento entre a Polícia Judiciária (PJ) e a Polícia Judiciária Militar (PJM).

Em várias reuniões da comissão de Defesa, responsáveis dos Sistemas de Segurança Interna e do de Informações da República Portuguesa alegaram terem sabido do furto de armamento, em junho de 2017, através das notícias dos jornais.

O CDS-PP entrega hoje, na Assembleia da República um pedido de inquérito parlamentar ao roubo de armas em Tancos para apurar responsabilidades políticas do Governo, quem falhou e por que falharam as medidas de segurança.

No texto, a que a Lusa teve acesso, os centristas delimitam a investigação parlamentar ao período de junho de 2017, quando foi conhecido o furto do armamento, até ao momento de hoje, com o "objetivo de identificar e avaliar os factos, os atos e as omissões" do Governo do PS no processo.

O PS, partido do Governo, não se opõe à comissão, o PSD anunciou que ia ponderar e esperar para ver o texto do inquérito.

À esquerda, o PCP também não se opõe, embora preferisse esperar pela conclusão do inquérito judicial em curso, enquanto o Bloco de Esquerda já disse tratar-se de um caso de "oportunismo político" e que também preferia agir após o fim do inquérito.

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições, tendo sido anunciada a sua recuperação em outubro, na Chamusca, distrito de Santarém.

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