Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
21º
MIN 15º MÁX 22º

Da renúncia de Robles em Lisboa à perda de mandato em Aljezur

A maioria dos autarcas eleitos nas eleições de 01 de outubro permanece em funções, mas houve quem renunciasse em Lisboa, perdesse o mandato em Aljezur, ficasse sem pelouros em Rio Maior ou tenha falecido em Albufeira.

Da renúncia de Robles em Lisboa à perda de mandato em Aljezur
Notícias ao Minuto

11:00 - 27/09/18 por Lusa

Política Autárquicas

Nas eleições autárquicas de 2017, o PS conquistou 161 câmaras, a CDU ficou com 24 concelhos, o PSD 'caiu' para 98 municípios e o CDS-PP subiu para seis (mais uma do que em 2013).

De acordo com os dados da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna, os grupos de cidadãos passaram de 13 municípios para 17, e os partidos Juntos Pelo Povo (JPP) e Nós Cidadãos (NC) estrearam-se, respetivamente, na presidência dos municípios de Santa Cruz, na Madeira, e Oliveira de Frades, distrito de Viseu.

A renúncia do vereador do Bloco de Esquerda (BE) na Câmara de Lisboa, Ricardo Robles, de 41 anos, devido à polémica das mais-valias de um imóvel que reabilitou em Alfama, marcou o primeiro ano do atual mandato autárquico.

O autarca do BE assumiu, em outubro, as competências da Educação e Direitos Sociais, na sequência de um acordo firmado com o socialista Fernando Medina, para assegurar a maioria no executivo, mas saiu ao fim de nove meses, sendo substituído por Manuel Grilo.

Ricardo Robles, que foi muito crítico da especulação imobiliária e da falta de soluções de habitação em Lisboa, renunciou ao mandato após a polémica que envolveu um prédio que adquiriu há quatro anos em Alfama, por 347 mil euros, e reabilitou e pôs à venda em 2017 avaliado em 5,7 milhões de euros.

Sucedeu-lhe na vereação Manuel Grilo, professor, depois de a número dois da lista do BE, Rita Silva, investigadora e dirigente do coletivo Habita, ter recusado integrar o executivo liderado por Medina.

O presidente eleito da Câmara de Aljezur, José Amarelinho (PS), pediu a suspensão do mandato em 20 de março, alegando "questões de ordem pessoal e familiar, bem como circunstâncias conhecidas do público em geral", segundo divulgou na altura a autarquia.

Um mês e meio após o vice-presidente José Gonçalves ter ocupado a presidência da autarquia de Aljezur, o Tribunal de Portimão, distrito de Faro, decidiu executar a sentença que determina a perda de mandato de José Amarelinho.

O autarca socialista, após vários recursos, viu confirmada a condenação do Tribunal de Lagos, em 2012, à perda de mandato autárquico e a três anos e dois meses de prisão, pena suspensa na execução mediante o pagamento de cinco mil euros à Liga para a Proteção da Natureza, por crimes de prevaricação no licenciamento de obras no Vale da Telha, entre 1990 e 2008.

A presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais (PSD), retirou os pelouros à vereadora do CDS-PP Ana Filomena Figueiredo, no final de agosto, assegurando não estarem em causa nem as relações entre partidos nem a coligação que sustenta a maioria no executivo municipal.

Ana Figueiredo, eleita no âmbito da coligação Juntos pelo Futuro (PPD-PSD/CDS-PP), disse à Lusa que entrou em rutura por situações que atribuiu a "autoritarismo e falta de diálogo" do vice-presidente, Luís Dias.

A retirada de vereadora a tempo integral, e consequentemente dos pelouros que detinha, surgiu na sequência de um e-mail que enviou, a 28 de agosto, aos vereadores e colaboradores, dando conta do seu descontentamento, num gesto que reconheceu ser "impulsivo", mas "fiel" a si mesma.

Isaura Morais reconheceu a "capacidade de trabalho e de iniciativa, o empenho e o voluntarismo" de Ana Figueiredo, mas, disse à Lusa, "perante uma situação de falta de lealdade", não lhe restou outra opção senão a retirada dos pelouros.

Ana Figueiredo mantém-se como vereadora, na oposição, estando a maioria assegurada pela permanência do outro eleito pelo CDS-PP, Miguel Santos, que exerce funções a meio tempo.

O social-democrata Carlos Silva e Sousa, de 60 anos, morreu em fevereiro, vítima de doença súbita, deixando vaga a presidência da Câmara de Albufeira, distrito de Faro, para que tinha sido reeleito nas autárquicas de outubro, cargo que ocupava desde 2013, depois de ter sido presidente da assembleia municipal durante três mandatos.

Numa mensagem de pesar do presidente da Associação de Municípios do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, que também preside à Câmara de Tavira, foi salientado o desaparecimento de um colega "competente, afável, amigo e um grande político".

A presidência da Câmara de Albufeira foi assumida pelo vice-presidente, José Carlos Rolo.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório