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CDS-PP critica ministro da Educação e distancia-se de elogio de Marcelo

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, criticou hoje o Governo pelo "início conturbado" do ano letivo de 2018/2019 e distanciou-se do elogio do Presidente da República ao ministro da Educação.

CDS-PP critica ministro da Educação e distancia-se de elogio de Marcelo
Notícias ao Minuto

13:32 - 18/09/18 por Lusa

Política Assunção Cristas

Assunção Cristas visitou hoje de manhã a Escola Teixeira de Pascoais, em Lisboa, onde há mais de dois anos os alunos têm aulas em contentores para ver, "in loco", os atrasos nas obras no edifício.

Diplomaticamente, a líder centrista afirmou o olhar crítico ao Governo e ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que Marcelo Rebelo de Sousa elogiou na segunda-feira pela remodelação do parque escolar.

Podem estar a ser inauguradas escolas, admitiu a líder do CDS e vereadora na câmara de Lisboa, mas há outras, como a Teixeira de Pascoais, onde "há dois anos e meio os meninos estão em contentores" devido às obras que continuam atrasadas.

Em poucas frases, Assunção Cristas sintetizou a "visão crítica" do CDS nesta matéria de abertura do ano escolar.

O Governo "teve tempo para preparar melhor o arranque do ano letivo", o ministro disse, nos últimos meses, que "as coias estão preparadas e vão correr sem percalços", o que, em seu entender, não aconteceu.

Pelo contrário, e apesar de a escola ter começado esta semana para "a generalidade dos alunos", há escolas que não abrem por falta de auxiliares ou de professores neste "início conturbado" do ano letivo, a que se junta o atraso na distribuição dos manuais escolares.

E deu o exemplo do "caso grave" da Escola Teixeira de Pascoais que visitou durante menos de meia hora, sujou os sapatos na areia das obras, entrou no refeitório, num contentor, e uma sala de aula, também num contentor.

A intervenção começou em fevereiro de 2016, as obras só começaram no ano passado, "neste momento" a obra "está parada" e, agora, "o processo voltou à estaca zero".

Culpas que não são exclusivas para a câmara de Lisboa, onde é vereadora pelo CDS, mas Assunção apontou o dedo à falta de fiscalização e acompanhamento das obras.

No final, prometeu ao diretor da escola acompanhar o assunto, tanto na câmara como na Assembleia da República.

À porta da escola, Assunção Cristas respondeu aos jornalistas sobre um vasto leque de temas, desde a abertura do ano letivo, às propostas do PSD na área da saúde, a recondução de Joana Marques Vidal como Procuradora-Geral da República (PGR) ou ainda se o partido está ou não preparado para as eleições.

Sobre se o elogio de Marcelo Rebelo de Sousa ao ministro da Educação é ou não exagerado, Assunção foi cuidadosa, não respondeu diretamente e insistiu na "visão crítica do CDS".

Em vez de comentar as primeiras propostas do PSD para a área da saúde, preferiu criticar o Governo e explicar o trabalho interno do partido na elaboração das suas próprias propostas, que passam por uma conferência com especialistas no próximo sábado, em Coimbra.

Quanto à contagem do tempo de carreira congelada, reclamada pelos sindicatos, repetiu a acusação ao Governo de ter enganado os professores e que o seu partido "teria feito diferente" sem explicar bem como, embora tenha admitido compreender os motivos dos docentes e as preocupações com "o rigor das contas públicas".

Por fim, repetiu o que já disse numa entrevista ao jornal "on-line" Eco, que o CDS está preparado para disputar eleições, apesar de acreditar que o Governo "não tem feito bem ao país", mas que vai terminar o seu mandato.

Já quanto à recondução de Marques Vidal como PGR, Assunção Cristas insistiu que a forma como exerceu o mandato, com um "perfil de isenção e imparcialidade", justifica a sua continuação.

De resto, é isso que pretende dizer na audição prevista com a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, esta semana, numa matéria que admite ser da responsabilidade do Presidente, depois de receber uma proposta do Governo.

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