Morto a tiro membro da missão de polícia da União Europeia
Um membro da Missão de Polícia e Justiça da UE no Kosovo (Eulex) foi hoje morto a tiro no norte do país, anunciou a instituição em comunicado.
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Política Kosovo
O incidente ocorreu cerca das 07:30 (06:30 em Lisboa) quando desconhecidos abriram fogo contra uma viatura da Eulex que transportava seis membros da missão perto de Zvecan (norte), acrescentou a mesma fonte.
"O incidente provocou a morte de um membro da Eulex", precisou o comunicado.
O diretor do hospital de Kosovska Mitrovica, Milan Ivanovic, já tinha anunciado à AFP a morte de um membro da Eulex vítima de disparos.
"Admitimos pelas 08:15 (07:15 em Lisboa) um membro da Eulex atingido por duas balas e sem sinais de vida. Após uma tentativa frustrada de reanimação, constatámos a sua morte às 08:50", disse Ivanovic à AFP.
A Eulex não precisou a nacionalidade da vítima.
"A secção da Eulex em Mitrovica abriu imediatamente um inquérito, a região foi cercada. A missão vai fazer todos os esforços necessários para parar os responsáveis por este cobarde ato de violência", acrescenta a Eulex.
A missão da UE lançou um apelo à população local a pedir-lhe que a contacte se tiver informações que possam ajudar nas investigações.
O incidente ocorre a semanas das eleições municipais no Kosovo, previstas para 03 de novembro, no quadro da aplicação do acordo sobre a normalização das relações entre o Kosovo e a Sérvia, aprovado em Bruxelas em abril.
Cerca de 40.000 sérvios que vivem no norte do Kosovo recusam-se ainda a reconhecer a autoridade de Pristina após a proclamação, em 2008, da independência do país, tendo boicotado as últimas eleições municipais, em 2010.
O desenrolar destas autárquicas faz parte dos compromissos do acordo de Bruxelas, que dá um certo grau de autonomia à região norte do território, limítrofe da Sérvia. Pristina não tem praticamente qualquer controlo sobre a região.
A Sérvia, que espera abrir em breve negociações de adesão à UE, está empenhada em preparar as eleições municipais e em encorajar a participação dos sérvios do Kosovo no escrutínio.
Apesar da conclusão do acordo, Belgrado continua a recusar-se a reconhecer a independência do Kosovo.
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