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"CDS é única alternativa cristalina" que "não quer viabilizar Costa"

Assunção Cristas defende que, perante as "Esquerdas encostadas", é o CDS que se tem evidenciado na oposição ao Governo, exemplificando que depois de o partido ter pedido esclarecimentos ao PS, Carlos César explicou que não aprovaria a 'Taxa Robles'. Quanto às reivindicações dos professores, a líder centrista sublinhou, em entrevista à RTP, que compreende bem os docentes, considerando que "foram aldrabados pelo Governo".

"CDS é única alternativa cristalina" que "não quer viabilizar Costa"
Notícias ao Minuto

22:14 - 11/09/18 por Filipa Matias Pereira

Política Assunção Cristas

Em entrevista à antena da RTP, Assunção Cristas propôs-se analisar vários temas que têm marcado a atualidade política nacional, aproveitando as oportunidades para enviar farpas ao atual Governo, liderado por um “político hábil, mas um governante muito incompetente”.

Questionada relativamente à posição do CDS em relação à ‘guerra’ que opõe os professores ao Governo de Costa, a líder partidária garantiu que compreende “bem a luta dos professores e as limitações da contas públicas”.

"Compreendo muito bem as razões dos professores e compreendo muito bem que foram aldrabados, foram enganados no último Orçamento do Estado, claramente, por parte do Governo", afirmou.

Mas, neste cenário, para os centristas, há uma figura que tem agido mal: António Costa. “O CDS tem uma opinião clara relativamente a este tema e é necessário explicar e dizer a todos que o Executivo tem estado muito mal nesta matéria”. O problema, no seu entendimento, reside no facto de se ter criado “uma grande expectativa” na classe de profissionais, aproveitando para aprovar “o último Orçamento do Estado com base numa maratona negocial entre Governo e professores e com um determinante a ser escolhido para garantir que o assunto ficava fechado. Mas não ficou e a guerra instalou-se”. Antes de encerrar o tema, Cristas atirou ainda: “Não tem razão um primeiro-ministro que não consegue dialogar. [Costa] é político hábil, mas um governante muito incompetente nesta matéria e noutras”, rematou, frisando ainda a necessidade de encontrar uma solução. “Eu faria muito diferente”, assegurou.

Considerando que, como a líder do partido por várias vezes defende, que “as Esquerdas andam encostadas” e que “Rio anda em silêncio”, Cristas advoga que “o CDS tem liderado a oposição em muitos assuntos. O CDS pediu que o PS se pronunciasse sobre a ‘Taxa Robles’ e Carlos César veio logo dizer que o Governo não a vai aprovar”.

CDS no Governo?

“O nosso partido precisa de ambição”. Foi desta forma que Assunção Cristas respondeu à pretensão que acalenta de chegar a líder do Governo. “Acho que um dia isto pode mudar”, defendeu. Por isso, salientou Cristas, “temos de dar o máximo que podemos”, até porque “somos o único partido no espectro político que não quer viabilizar um partido de António Costa, nem no Parlamento, nem no Governo. Um voto no CDS não vai parar à viabilização de António Costa. Sabemos bem de onde partimos e que o caminho é longo, mas queremos percorrê-lo. O CDS é a única alternativa cristalina”.

Já em relação a uma possível aliança com o PSD nas próximas eleições, a ex-ministra acredita que “o mais importante é que cada partido possa aumentar o seu espaço e maximizar os seus resultados. Depois de 2015 acabou o voto útil, as pessoas estão livres de votar em quem entendem que tem as melhores políticas para o país. Depois pode haver outras soluções e o CDS só se revê num bloco alternativo de centro direita, alternativo às políticas deste Governo”.

Em entrevista à RTP, Assunção Cristas declinou ainda responsabilidades no estado do país quanto à especulação imobiliária, justificando que, em 2011, existia “uma envolvente clara”, nomeadamente “um país em banca rota, um memorando de entendimento onde estava prevista a revisão da lei das rendas no período de seis meses e sem período transitório e o centro das cidades estava a cair. Era, por isso, preciso uma reforma rápida. Se era possível ter feito melhor? Acredito que é sempre possível fazer melhor, mas conseguimos acautelar as fragilidades”.

Nos últimos tempos, várias vezes se tem equacionado a possibilidade de Mário Centeno se sobrepor aos restantes ministros. E, em relação a esta temática, Cristas é perentória: “Este Governo tem um ministro e um primeiro ministro, o resto parecem secretários de Estado. Nem na economia, nem na saúde, nem na educação... não conseguem cumprir nada do que se propuseram porque Centeno é o super ministro”.

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