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Bloco desafia Governo: "Não quer cumprir o que o seu partido votou?"

Contagem do tempo de serviço dos professores é matéria do Orçamento do Estado de 2018, pelo que o Bloco não pretende voltar ao assunto em 2019. No entanto, Catarina Martins deixa farpa ao Executivo. Bloquistas querem que aumento extraordinário das pensões seja feito na totalidade já em janeiro.

Bloco desafia Governo: "Não quer cumprir o que o seu partido votou?"
Notícias ao Minuto

12:02 - 09/09/18 por Pedro Bastos Reis

Política Catarina Martins

A contagem do tempo de serviço dos professores é uma das medidas que está a dividir os partidos de Esquerda e o Governo, no entanto, apesar da ‘nega’ do Executivo aos sindicatos, o tema não parece colocar em causa a aprovação do próximo Orçamento do Estado.

À semelhança do que já tinha dito Jerónimo de Sousa sobre este assunto, Catarina Martins referiu que a contagem de todo o tempo de serviço dos professores já fazia parte do Orçamento de 2018, pelo que esta “é uma matéria a que não voltaremos no próximo Orçamento”.

No entanto, a coordenadora bloquista não deixou de notar que a contagem do tempo de serviço foi uma medida votada favoravelmente pelo Partido Socialista (PS), juntamente com o Bloco e o Partido Comunista Português (PCP), pelo que Catarina Martins deixa uma questão ao Governo. “Isto é uma matéria em que é preciso perguntar ao Governo: não quer cumprir o que o seu próprio partido votou no Parlamento?”.

A coordenadora bloquista, em declarações aos jornalistas na Feira do Relógio, em Lisboa, considerou ainda “muito estranho o que o Ministério da Educação se propõe agora fazer”, isto é, avançar unilateralmente com a proposta de contagem do tempo de serviço dos professores, sublinhando que “uma boa parte da confiança que as pessoas têm na atual solução política, no que foi possível fazer nestes três anos, é saber que aquilo que dizemos fazer vamos efetivamente fazer”, um recado deixado não só ao Governo de António Costa como ao próprio PS.

Apesar da discordância na contagem do tempo de serviço dos professores, Catarina Martins considera que “não está nada a entravar o Orçamento do Estado”, que “está a ser negociado” com os parceiros da Geringonça.

Aumento extraordinário das pensões em janeiro

No entanto, nota a coordenadora bloquista, "há naturalmente uma série de dossiers que são importantes para que seja possível, no Orçamento do próximo ano, continuar um caminho de recuperação de salários, pensões e condições de vida no país”.

Nesta senda, Catarina Martins referiu que “temos questões óbvias para resolver, “como as pensões ainda muito baixas e o poder de compra dos pensionistas que se perdeu e que tem de ser recuperado” e, por isso, o Bloco quer que em 2019 o aumento extraordinário das pensões mais baixas seja feita na totalidade em janeiro, ao contrário do “aumento em duas partes, em janeiro e em agosto, como tem sido nos últimos anos”.

Questionado sobre um dos assuntos que tem marcado a agenda política nas últimas semanas, a recondução ou não de Joana Marques Vidal no cargo de procuradora-geral da República, a líder bloquista preferiu não responder. “Por uma questão de respeito não quero dizer nada a esse respeito”.

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