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PCP pede "mais força" porque "estas políticas não resolvem os problemas"

O secretário-geral do Partido Comunista Português deu, esta terça-feira, uma entrevista ao canal público de televisão, tendo abordado os três últimos anos de vida política nacional. Com tímidas acusações ao PS e uma quase ausência do Bloco de Esquerda do discurso, Jerónimo de Sousa garante que ainda há problemas para resolver e, por isso, pede "mais força" aos seus eleitores.

PCP pede "mais força" porque "estas políticas não resolvem os problemas"
Notícias ao Minuto

22:36 - 04/09/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política Entrevista

Jerónimo de Sousa sublinha que estes três anos de vida da Geringonça ficaram “marcados pela convergência em medidas positivas”. Aliás, “logo na fase inicial ficaram claras as diferenças e as divergências”, tendo também ficado estabelecido que “qualquer um dos partidos manteria a sua independência e a sua autonomia”.

Mas valeu a pena? Jerónimo de Sousa é contido, mas diz que “valeu pelos avanços que se conseguiram alcançar”, muito em parte graças à atuação do PCP, como faz questão de sublinhar, ao mesmo tempo que lança críticas à atuação do Partido Socialista.

“O PS converge com o PSD e o CDS em questões fundamentais que não deveriam ser secundarizadas por um partido socialista”, acusa o líder comunista, recordando que “sempre que o PS foi governo caracterizou-se pela realização de políticas de Direita”.

Embora tenham havido “avanços” nos últimos anos, Jerónimo de Sousa opta por fazer uma análise realista do país e dizer que “estas políticas não resolvem os nossos problemas”, razão pela qual afirma a “importância de dar mais força ao PCP”.

“O que o PCP diz é que é preciso uma política alternativa. O PS, sempre que foi governo, teve políticas de direita em questões estruturais”, refere, considerando que a “vida mostrou-nos que, apesar dos avanços alcançados nos últimos três anos, ainda temos problemas para resolver”.

Nesta senda, Jerónimo de Sousa não tem dificuldades em garantir que o "PCP está em posição de assumir qualquer responsabilidade, mesmo governativa”.

A questão, explica, coloca-se em saber para “quem” e para “quê” se governa. “Ir para o poder só pelo poder isso o PCP não faz”, assegura, frisando que o seu objetivo e o do seu partido é o de “resolver os problemas” do país e dos trabalhadores.

Professores, Mário Centeno e aumentos salariais

Falando mais concretamente sobre a sua posição, Jerónimo de Sousa deixou claro que o PCP “não vai colocar como questão-chave para viabilizar o Orçamento do Estado para 2019” a contagem do tempo de serviço dos professores. No entanto, sai em defesa dos docentes ao afirmar que os “professores têm razão numa coisa: é inaceitável que se queira fazer um apagão de um terço da sua vida profissional”.

Bastante contido nas apreciações aos elementos do Governo, o líder comunista disse apenas sobre Mário Centeno que “desde que entrou para o Eurogrupo se tem mostrado...digamos que por vontade dele, no essencial, seguíamos em conformidade com imposições da União Europeia e da política do euro”, um posicionamento que, admite, o “preocupa”.

Para terminar, Jerónimo de Sousa deixou claro que o PCP “não é uma organização sindical”, razão pela qual não vai discutir aumentos salariais nas negociações para o Orçamento do Estado, até porque, sublinhou, “não se discutem aumentos salariais na discussão do Orçamento”.

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