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Críticas a passes mais baratos? CDS "sério e credível", ironiza Galamba

A redução do valor dos passes, a ser aprovada em Orçamento do Estado, será alargada a todo o país, indicam o jornal Público e o Jornal de Negócios. CDS critica a medida e Galamba ironiza: "Um partido sempre sério e credível".

Críticas a passes mais baratos? CDS "sério e credível", ironiza Galamba
Notícias ao Minuto

13:40 - 04/09/18 por Filipa Matias Pereira

Política Polémica

Reduzir o custo dos sistemas de transporte urbano de passageiros é uma proposta que agrada aos utentes das diferentes infraestruturas de mobilidade e que tem sido veiculada como sendo uma medida estrutural para o país. O mote foi dado por Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em entrevista ao Expresso este fim de semana. A intenção do autarca visa a redução do preço dos passes nas regiões metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Porém, em cima da mesa estará o alargamento desta medida a todo o território nacional, conforme indicou o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, ao jornal Público e ao Jornal de Negócios.

Mas antes mesmo de ser conhecida esta intenção do Ministério do Ambiente, o CDS contestou a medida proposta por Medina. Em declarações ao Diário de Notícias, o deputado centrista Hélder Amaral considerou a medida “propagandística”, afirmando ainda que “não se sabe como se financia ou quais os critérios”. Por sua vez, Francisco Mendes da Silva, membro da comissão política nacional do CDS, veio questionar a utilização de “dinheiro público de modo proporcional às necessidades do todo nacional”.

Ora, esta posição do partido de Cristas está a gerar polémica no seio da comunidade política, já que, recorde-se, a líder do CDS, num passado não muito longínquo – 2017 -, defendeu a construção de 20 novas estações no metropolitano de Lisboa. E quem não vê com bons olhos esta postura do CDS é o socialista João Galamba que, na sua página oficial de Facebook, manda ‘farpas’ aos centristas. “Um partido sempre sério e credível nas suas propostas: 2 mil milhões de euros para construir 20 estações de metro com dinheiro de fundos europeus destinados a todo o país era magnífico”, atira o socialista. Porém, ironiza, “65 milhões de euros para mudar toda a mobilidade da Área Metropolitana de Lisboa, com redução drástica do preço dos transportes públicos, é que não pode ser”.

Passes mais baratos: Quem assume custos?

Para Matos Fernandes, resulta claro que a medida proposta inicialmente por Fernando Medina, a ser incluída no Orçamento do Estado para 2019, deverá “abranger todo o país e será suportada por cada município, que será responsável por cobrir a perda de receita às deslocações dentro do respetivo território”, escreve o Público.

Recorde-se que o estudo económico sobre o impacto das medidas propostas pelo autarca de Lisboa para as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto prevê que os passes não ultrapassem os 40 euros. Uma medida que terá um custo de 60 milhões de euros só em Lisboa.

Ora, o ministro com a pasta do Ambiente estima que “o Governo venha a suportar os cerca de 60 milhões de euros em Lisboa, sendo que o esforço para o Porto rondará entre os 15 e os 20 milhões e, para o resto do país, ficará entre os 5 e os 10 milhões de euros”.

Mas, advertiu o ministro, estes são valores que respeitam apenas a deslocações entre concelhos, sendo que a “diferença entre o valor dos passes atuais e o valor dos passes propostos pelas deslocações dentro dos concelhos terá de ser suportado pelas autarquias”.

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