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PCP defende que cada país deve ter "poder soberano" sobre mudança de hora

Os dirigentes do PCP insurgiram-se hoje contra a intenção da Comissão Europeia (CE) de estabelecer um só horário continental, sem alterações para verão ou inverno, defendendo o "poder soberano" de cada estado-membro.

PCP defende que cada país deve ter "poder soberano" sobre mudança de hora
Notícias ao Minuto

16:57 - 31/08/18 por Lusa

Política Comunistas

"Cada Estado, a começar pelo nosso país, deve ter o poder soberano de fixar a hora de acordo com os seus interesses específicos, a sua geografia, ritmos e organização de vida individual e coletiva que, nos planos social, cultural e económico, melhor correspondam às necessidades de cada povo", lê-se em comunicado.

Para os comunistas, "a pretensão anunciada pela CE de propor o fim da mudança da hora, a coberto de uma suposta consulta pública, invocando razões de interesse do mercado interno e comércio transnacional é expressão, mesmo em matérias como esta, de conceções federalistas inaceitáveis".

Uma maioria "muito clara" de 84% dos cidadãos europeus pronunciaram-se a favor do fim da mudança de hora na consulta pública através da Internet, de acordo com resultados preliminares hoje divulgados pela Comissão Europeia.

Segundo o executivo comunitário, os portugueses que participaram no inquérito estão em linha com a média europeia, já que 85% também defenderam que deixe de se mudar o relógio duas vezes por ano, o que Bruxelas pretende agora implementar, com a apresentação de uma proposta legislativa no Parlamento Europeu.

"O argumento usado pelo presidente da CE, de que 'quando se consulta os cidadãos sobre algo, convém de seguida fazer aquilo que desejam', só pode ser lido como exercício de cinismo, conhecido que é o desrespeito da União Europeia pela vontade expressa pelos povos, como historicamente se verificou, e verifica, seja em referendos nacionais, como sucedeu na Dinamarca, na Irlanda ou na Grécia", concluiu o PCP.

Naquela que foi, de forma destacada, a consulta pública mais participada de sempre na UE, com mais de 4,6 milhões de contributos oriundos de todos os estados-membros, a maior parte das respostas veio da Alemanha, onde o assunto foi particularmente mediatizado, apontando a CE que a taxa de participação em percentagem da população nacional variou entre os 3,79% na Alemanha e os 0,02% no Reino Unido, tendo em Portugal participado no inquérito 0,33% da população.

Os resultados preliminares, acrescenta Bruxelas, "indicam também que mais de três quartos (76%) dos participantes consideram que mudar de hora duas vezes por ano é uma experiência "muito negativa" ou "negativa", e "como justificação do desejo de pôr fim a esta regras alegam o impacto negativo na saúde, o aumento de acidentes de viação ou a falta de poupanças de energia".

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