"PS não é indiferente à Aliança, mas não é assunto que nos diga respeito"
Depois da entrevista dada ontem no ‘Jornal da Noite’ da SIC, Santana Lopes regressou, esta terça-feira, à estação de televisão de Carnaxide para o seu comentário político em conjunto com o socialista Carlos César.
© Presidência da República
Política Carlos César
Por ter estado ontem na SIC, a palavra inicial do comentário de hoje pertenceu a Carlos César. O presidente do Partido Socialista disse “saudar” a iniciativa de Pedro Santana Lopes, mas afastou o PS do tema ao afirmar que as razões que levam o colega de comentário a criar um partido “dizem respeito à Direita”, pois prendem-se com a necessidade de “refundação do espaço partidário e eleitoral à Direita”.
A Esquerda, sublinhou, já “teve a sua recomposição no tempo devido e hoje é um espaço esclarecido: sabe-se o que é o PS, o que é o Bloco e o que é o PCP”.
“Agora o problema que sobra na vida política portuguesa é a definição no espaço da Direita e do Centro-Direita”, apontou, referindo que agora “temos um CDS que se radicalizou e um PSD que não virou nem à Esquerda, nem à Direita… pura e simplesmente não tem uma direção”.
“Se a Aliança se situar no espaço que fica em aberto pela radicalização do CDS e pela indefinição do PSD, pois então será útil no âmbito do esclarecimento à Direita. Ao PS não é indiferente o que se passa no espetro partidário, mas não é assunto que nos diga respeito”, finalizou.
“O Centro-Direita precisa de equilibrar o número de players ativos”
Na resposta às declarações de Carlos César, Pedro Santana Lopes frisou a importância de “destacar” as afirmações sobre a “reorganização da Esquerda”.
“Desde 2015, quando Costa fez a opção que fez, o sistema político e partidário mudou”, começou por dizer, afirmando que o que está agora em “cima da mesa” é o facto de o PS, “nas palavras do próprio doutor António Costa, estar sossegado tenha a maioria que tiver, desde que tenha maioria à Esquerda”.
Face a este cenário, Pedro Santana Lopes considera que a questão que se coloca ao Centro-Direita é “trabalhar para ter metade mais um do Parlamento, porque o sistema partidário português polarizou”.
“O Centro-Direita precisava, até do ponto de vista de imagética quantitativa, equilibrar o número de players ativos como a Esquerda, que tem três. A questão agora não é quem fica em primeiro, é qual o espaço político que tem metade mais um no Parlamento e muitas pessoas ainda não perceberam isto”, rematou.
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