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"É dificílimo" PSD viabilizar OE2019 "porque não vai ser o que queremos"

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta terça-feira que "é dificílimo" o partido viabilizar o Orçamento do Estado para 2019, reiterando que se escusa a anunciar um sentido de voto a um documento que desconhece.

"É dificílimo" PSD viabilizar OE2019 "porque não vai ser o que queremos"
Notícias ao Minuto

20:59 - 31/07/18 por Lusa

Política Rui Rio

"Com toda a sinceridade, é difícil o PSD votar a favor de um Orçamentou ou até abster-se, deixar passar um Orçamento que vai ser feito numa lógica distinta daquela que entende? É dificílimo, porque o produto final não vai ser, quase de certeza, aquilo que nós queremos. Outra coisa é não conhecer o documento e já estar contra. Não acho que seja credibilizador", defendeu Rui Rio, após uma audiência com o Presidente da República.

Para o presidente do PSD, é "um erro político" anunciarem-se votos contra documentos que ainda não existem, como fez a líder do CDS-PP na segunda-feira.

O líder social-democrata falava aos jornalistas após sair de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, na qual expressou preocupação por um documento orçamental que não deverá ter em conta o "abrandamento da atividade económica", já que será realizado para "acomodar reivindicações do BE e do PCP".

"Continuo a ter como muitíssimo provável a aprovação do Orçamento do Estado (OE) pelos partidos da esquerda, nos mesmo termos de até à data, com a preocupação de acomodar reivindicações populares de cada um e não fazer frente à economia nacional", afirmou.

Acompanhado pelos vice-presidentes David Justino e Elina Fraga, e pelo líder parlamentar, Fernando Negrão, e pelo secretário-geral, José Silvano, Rui Rio apontou para o lado da maioria de esquerda: "O PSD aqui está sentado a ver qual a proposta de Orçamento que vai aparecer".

Questionado pelos jornalistas, o presidente do PSD disse que não falou com a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, sobre um eventual governo formado pelos dois partidos em caso de chumbo do OE, como admitiu à TVI na semana passada, reiterando que está convencido que o documento é aprovado por PS, BE, PCP e PEV.

Apontado os compromissos de António Costa ao Presidente da República em 2015, Rui Rio sublinhou que, se o Orçamento não passar, tal significa que o primeiro-ministro e secretário-geral do PS "não tem alternativa à esquerda".

"Aquilo que aconteceu em 2015 foi uma vitória eleitoral do PSD com o CDS, portanto, tinha de referir o CDS", afirmou, referindo-se à entrevista que deu á TVI na semana passada.

Rio insistiu em Belém na reforma da justiça apoiada por "todo o sistema partidário"

O presidente do PSD defendeu ainda junto do Presidente da República que os partidos se devem juntar em torno do projeto de reforma da Justiça no qual os sociais-democratas têm estado a trabalhar.

"Era bom que os interesses partidários fossem colocados de lado, o interesse nacional acima de tudo e nos conseguíssemos juntar em torno de um documento que viesse a configurar a verdadeira reforma da Justiça", afirmou Rui Rio, após sair da audiência, revelando ainda ter conversado com Marcelo Rebelo de Sousa sobre a "possibilidade de conquistar para esta ideia todo o sistema partidário, uma vez que no quadro dos agentes da Justiça praticamente estão conquistados".

A adesão do setor foi medida pelo presidente do PSD nas reuniões que manteve nos últimos meses com instituições e personalidades da Justiça.

"O senhor Presidente da República, numa temática como esta, pode ter um papel fundamental e, portanto, foi um tema que eu abordei", afirmou Rui Rio sobre o conteúdo do encontro que serviu também para debater o Orçamento do Estado para 2019.

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