“Bloco tem que se adequar à realidade e abandonar o populismo barato"
Ascenso Simões, do PS, comenta o caso Robles, salientando não ter "consideração" pelo Bloco de Esquerda "quando se faz passar por virgem sofredora do mundo em que vivemos". E defende que o partido se deve adequar à realidade.
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Política Casos
Ascenso Simões defendeu que Ricardo Robles, vereador da Câmara Municipal de Lisboa envolvido em polémica por causa do prédio que comprou em Alfama, “não tem nada que se demitir”.
“Em boa verdade só tem que dar o salto em frente e levar o Bloco a entender o mundo em que vivemos, a adequar-se à realidade, a abandonar o populismo barato”, acrescentou, numa publicação feita na sua página de Facebook.
E sublinhou ainda: “Robles não é tão diferente de Pablo Iglesias, o que são diferentes são os atos, a realidade da vida, as ambições, de tudo o que estas almas dizem antes de chegarem às agruras de uma vida com os mínimos”.
Já na sexta-feira, dia em que o Jornal Económico noticiou o caso Robles, o socialista havia dito que tem consideração por Ricardo Robles. Mas: “Não tenho qualquer consideração pelo Bloco de Esquerda quando se faz passar por virgem sofredora do mundo em que vivemos.”
“As coisas são como são e o BE já deveria saber isso”, frisou ainda.
Ricardo Robles, recorde-se, comprou um prédio a meias com a irmã, em Alfama, em 2014, por 347 mil euros, tendo-o colocado à venda por 5,7 milhões de euros, depois de ter feito obras no edifício. A venda não chegou a realizar-se. Na sequência da polémica, a fachada do prédio em causa foi vandalizada. "Aqui podia morar gente", lia-se nas paredes. Em sua defesa, Robles defendeu não ter entrado em "contradição" com a política que defende e assegurou que procedeu dentro da lei em todo o processo.
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